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Selic em 13%; Recorde na Petrobras…

Selic em 13% O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou nesta quarta-feira um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juro da economia brasileira, para 13% ao ano. Foi o terceiro corte seguido na Selic — os dois anteriores foram de 0,25 ponto percentual cada um. O Banco Central acelerou o […]

PETROBRAS: companhia bateu recorde de produção de petróleo em 2016 (Germano Lüders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 17h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h27.

Selic em 13%

O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou nesta quarta-feira um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juro da economia brasileira, para 13% ao ano. Foi o terceiro corte seguido na Selic — os dois anteriores foram de 0,25 ponto percentual cada um. O Banco Central acelerou o ritmo de redução em meio às previsões de que a retomada do crescimento da economia brasileira pode demorar mais para acontecer e aos sinais de desaceleração da inflação — que fechou 2016 em 6,29%.

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Inflação em 4%

Na reunião, o Copom também cortou suas projeções para a inflação de 4,4% para 4% em 2017 e de 3,6% para 3,4% para 2018. Em documento divulgado, o Copom ressaltou como riscos para o cenário básico para a inflação do país: o alto grau de incerteza no cenário externo – que pode dificultar o processo de desinflação, o processo de desinflação de alguns componentes do IPCA e o processo de aprovação e implementação das reformas e ajustes necessários na economia – que é longo e envolve incertezas. Por outro lado, o Copom ressalta que a atividade econômica mais fraca e o elevado nível de ociosidade da economia podem produzir desinflação mais rápida e o processo de aprovação das reformas e ajustes necessários na economia pode ocorrer de forma mais célere.

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Alta na bolsa

Após passar grande parte do dia no lado negativo, o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,51%. A avaliação de analistas é que a esperada coletiva de imprensa do presidente eleito Donald Trump não trouxe grandes novidades e por isso não pesou sobre os ativos brasileiros. O dia foi de alta para os papéis com maior peso no índice, como os das siderúrgicas e mineradoras. As ações preferenciais da petroquímica Braskem também subiram 1% após o anúncio da venda de sua distribuidora de produtos químicos QuantiQ por 550 milhões de reais. A exceção ficou com os papéis preferenciais da siderúrgica Usiminas, que caíram 1,9% após a notícia de que a companhia não conseguiu aprovação para a liberação de 700 milhões de reais do caixa de sua controlada Musa. O capital era parte fundamental nas negociações da companhia com os bancos para alongamento de suas dívidas.

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Recorde da Petrobras

As ações ordinárias da Petrobras subiram 2,50%. Hoje pela manhã, a estatal anunciou que bateu recorde de produção de petróleo no Brasil em 2016 — contabilizando 2,14 milhões de barris por dia. O volume representa um aumento de 0,75% em relação ao ano anterior. Segundo a estatal, a produção da commodity no Brasil — que responde pela maior parte do volume produzido pela empresa —  ficou em linha com a meta de 2,15 milhões de barris. O aumento anual veio do forte crescimento da produção do pré-sal. A média anual da produção no pré-sal chegou a 1,02 milhão de barris por dia, alta de 33% na comparação com 2015. O diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, disse que a companhia deverá elevar os investimentos para 19 bilhões de dólares em 2017 — ante os 14,5 bilhões estimados para 2016.

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Congonhas e Dumont na fila

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) estão sendo avaliados para possíveis concessões no setor de aeroportos. Em março, o governo vai fazer sua terceira rodada de concessões no setor, mas já estuda novos projetos. Segundo Oliveira, a privatização dessas duas unidades não foi tratada na reunião convocada pelo presidente Michel Temer para esta quarta-feira com ministros da área de infraestrutura. Os planos da Infraero eram manter esses dois aeroportos, altamente rentáveis, para viabilizar o funcionamento da companhia com outros 60 aeroportos sob sua gestão, mas há pedidos para que esses aeroportos também sejam privatizados.

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OGX sobe

As ações da empresa de óleo e gás OGX subiram 6,25% nesta quarta-feira após a notícia de que a OGPar e a OGX, em recuperação judicial, chegaram a um acordo com três grupos de credores. Todos os créditos abertos serão convertidos em ações da OGX. O valor somado das dívidas é de 2,44 bilhões de reais. Outra parte do acordo prevê que 33,33% das ações da Eneva detidas pela OGX e pela OGPar, que possuem participação conjunta de 6,22% na empresa, sejam depositadas numa conta para garantir as obrigações referentes ao futuro abandono do campo de Tubarão Martelo e a devolução do FPSO OSX-3.

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Um em cada três com “nome sujo”

O Brasil encerrou 2016 com 58,3 milhões de pessoas com o “nome sujo”, embora a inadimplência tenha desacelerado no ano passado, segundo um levantamento do SCP Brasil e da CNDL. O dado significa que um em cada três consumidores brasileiros terminou o ano com o nome no cadastro de negativados, um aumento de 700.000 casos, mas uma desaceleração em relação a 2015, quando havia 2,5 milhões de pessoas com o “nome sujo”. Em dezembro, o indicador de inadimplência recuou 0,41% em relação a novembro, ajudado pela injeção de recursos do 13º salário.

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Inflação na meta

O Brasil encerrou 2016 com a inflação em 6,29% — pela primeira vez, desde 2014, abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%. Em dezembro, o IPCA avançou 0,30% — abaixo das expectativas dos analistas, de 0,34%. O grupo de alimentação e bebidas foi o destaque na pressão de alta em dezembro, com aumento de 0,08%, ante a queda de 0,20% em novembro. Na outra ponta, o grupo habitação apresentou queda de 0,59% nos preços, depois de subir 0,30% em novembro.

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Os setores

Em 2016, o principal impacto sobre a inflação veio de alimentação e bebidas, com alta de 8,62%, ante 12,03% em 2015, exercendo peso de 2,17 ponto percentual. O maior impacto individual veio da alimentação fora de casa, com 0,63 ponto percentual depois de os preços terem subido 7,22%. Já a inflação de serviços viu a alta desacelerar em 2016 a 6,50%, ante os 8,09% em 2015. “Hoje temos uma boa notícia sobre a inflação oficial. Ninguém esperava, no fim do ano, que se chegasse abaixo da meta estabelecida”, disse o presidente Michel Temer em discurso na abertura de uma reunião nesta quarta-feira.

 

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