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Santander eleva preço-alvo de BR Foods à espera de recorde

Recomendação de compra de ações foi mantida pelos analistas; papéis podem entregar ganhos de até 26% até o final do ano

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da fabricante de alimentos acumulam valorização de 45% (EXAME)

Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da fabricante de alimentos acumulam valorização de 45% (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 17h06.

São Paulo – O banco Santander elevou suas estimativas para o desempenho operacional da Brasil Foods (BRFS3) e subiu o preço-alvo das ações ordinárias (dez/11) de 33 para 40 reais. Considerando a cotação de fechamento do último pregão, o potencial de valorização dos papéis é de 26,3%. A recomendação de compra foi mantida.

A nova avaliação é baseada na percepção de que no mercado doméstico, no qual a Brasil Foods conta com 60% das vendas, o preços dos alimentos subiram mais rapidamente que o custo operacional da companhia, conforme explicam os analistas Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda.

“Estimamos que no primeiro trimestre de 2011 a Brasil Foods tenha vendido seus produtos aproximadamente 9% mais caros na comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a expectativa é de que custo por tonelada destes produtos tenha sofrido um incremento menor, de 4% a 5%”, projetam os analistas. Lima e Luis Miranda estimam que esta alavancagem operacional perdure até meados deste ano.

Já ao quesito exportação, no qual a BR Foods conta com uma participação de 40%, estima-se que de as vendas por quilo tenham sofrido uma elevação de 9%, o suficiente para compensar a pressão custo estimado de aproximadamente 8%.

“Acreditamos que há espaço para novos aumentos de preços. No Japão, país que mais importa frango do Brasil, os preços do atacado aumentaram 36% entre outubro e fevereiro, enquanto houve um aumento de 27% nos preços de exportação do Brasil para lá; um claro sinal de que ainda há espaço para aumentos de preços”, explica o relatório.

Para os analistas, dois fatores devem impulsionar os ações da Brasil Foods no curto prazo. O primeiro é uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 12% nos primeiros três meses do ano; um recorde para a empresa. O segundo seria a aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), esperada ainda para o segundo semestre deste ano.

A BR Foods divulgará seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2011 no dia 12 de maio. Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da fabricante de alimentos acumulam valorização de 45%.

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