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S&P 500 deve atingir maior valor desde 1997 no fim de ano

O retorno do índice tem sido positivo em novembro e dezembro de cada ano desde o começo do mercado altista em 2009

Um negociador sinaliza uma oferta do S&P 500: o índice aumentou mais de 160 por cento desde 2009 depois que os lucros cresceram durante quatro anos (Scott Olson/Getty Images)

Um negociador sinaliza uma oferta do S&P 500: o índice aumentou mais de 160 por cento desde 2009 depois que os lucros cresceram durante quatro anos (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 13h26.

O maior rali acionário já registrado se acelerará até o final do ano e levará o índice Standard Poor’s 500 para seu maior aumento anual em 16 anos, se a história servir como guia.

As ações aumentaram nos últimos dois meses de cada ano em 82 por cento das vezes desde 1928, quando a medição de referência cresceu pelo menos 10 por cento desde outubro, segundo dados compilados pela S&P e pela Bloomberg. A mediana de aumentos em novembro e dezembro, de 6 por cento, elevaria o índice para 1.862,79, um recorde histórico, 20 por cento acima do recorde atual de 1.565,65, estabelecido em 2007.

Em vez de venderem ações para garantir lucros durante os ralis, os investidores quase sempre compram mais no último trimestre, convencidos de que os ganhos acumulados nos primeiros dez meses se expandirão. O retorno do S&P 500 tem sido positivo em novembro e dezembro de cada ano desde o começo do mercado altista em 2009.

Embora o crescimento dos lucros esteja desaquecendo e o Fed planeje reduzir seus estímulos, Jeff Mortimer, diretor de estratégia de investimentos da BNY Mellon Wealth Management, diz que geralmente não vale a pena lutar contra a tendência das ações.

“É preciso prestar atenção ao ritmo dos mercados e é isso o que este ano está mostrando”, acrescentou Mortimer, cuja empresa supervisiona cerca de US$ 180 bilhões em ativos de clientes, em entrevista por telefone em 30 de outubro. “Os clientes me perguntaram: ‘Por que não ter lucro agora?’. Minha teoria é que você pode vender muito melhor depois”.

O S&P 500 aumentou mais de 160 por cento desde 2009 depois que os lucros cresceram durante quatro anos e o Fed comprou US$ 2,3 trilhões em títulos, mantendo as taxas de juros baixas para estimular o crescimento.

Números de emprego piores que os esperados em setembro e a paralisação do governo americano no mês passado aumentaram a especulação de que o Banco Central adiará a retirada do seu estímulo monetário até março, conforme uma consulta a economistas da Bloomberg News. Na semana passada, os responsáveis pela política econômica do Fed decidiram manter as compras mensais de títulos por US$ 85 bilhões.


Bolha no mercado

O presidente da BlackRock Inc., Laurence D. Fink, cuja companhia é a maior gestora de recursos do mundo com US$ 4,1 trilhões em ativos, afirmou que a política do Fed está contribuindo para a criação de “mercados com características de bolha”, como o aumento do preço das ações.

“Observamos um aumento enorme no mercado acionário”, disse Fink durante um painel de discussão em 29 de outubro em Chicago. “Temos problemas com um mercado excessivamente entusiasta novamente”.

Neste mês, os economistas reduziram suas previsões de crescimento no quarto trimestre de 2,5 para 2 por cento. O PIB não se expande acima de 3 por cento anual desde 2005 e não atingirá esse patamar até 2015, eles afirmam.

Ganhos acumulados

Mesmo com o rali deste ano e com o aumento das cotações, a razão entre preços e lucros do S&P 500 continua abaixo da média de 15 anos, de 19,3, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O crescimento dos lucros aumentará neste trimestre, chegando a 6,8 por cento, quase o dobro da taxa de 4,1 por cento do trimestre anterior, segundo mais de 11 mil estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg. O crescimento aumentará mais de 10 por o ano próximo e em 2015.

“Quando há uma tendência de mercado altista durante o ano todo, gera-se um entusiasmo por aumentar ainda mais os retornos”, explica Wayne Lin, gerente de carteira da Legg Mason Inc, com sede em Baltimore, que supervisiona cerca de US$ 656 bilhões, em entrevista por telefone em 31 de outubro. “Há um fator de impulso nos mercados e agora esse fator é muito forte”.

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