Rockhopper capta US$ 70 milhões no mercado para perfurar Malvinas
Londres - A empresa britânica de exploração petrolífera Rockhopper anunciou ter emitido com êxito 70 milhões de dólares em novas ações no mercado nesta terça-feira, mediante uma ampliação de capital destinada a apoiar suas perfurações nas Malvinas. A Rockhopper colocou 17,32 milhões de novas ações a 280 pences cada uma, que começarão a ser negociadas […]
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2010 às 20h35.
Londres - A empresa britânica de exploração petrolífera Rockhopper anunciou ter emitido com êxito 70 milhões de dólares em novas ações no mercado nesta terça-feira, mediante uma ampliação de capital destinada a apoiar suas perfurações nas Malvinas.
A Rockhopper colocou 17,32 milhões de novas ações a 280 pences cada uma, que começarão a ser negociadas nesta sexta-feira no AIM, o mercado alternativo londrino.
"Captações com essas serão utilizadas para impulsionar o atual programa de perfuração na bacia norte das Malvinas", afirmou a direção da companhia em um comunicado divulgado em Londres.
O diretor Pierre Jungels disse estar contente com o fato de a operação realizada nesta terça-feira pela manhã ter "recebido uma resposta entusiasmada e rápida" do mercado, o que Rockhopper considerou "um voto de confiança importante para seu trabalho".
A direção vai estudar uma cotação da empresa na Bolsa de Londres, e não na AIM, informou o comunicado.
A Rockhopper anunciou no início de maio a descoberta de petróleo na região de exploração de Sea Lion, na bacia norte das Malvinas, e na semana passada estimou o potencial da jazida em 242 milhões de barris.
A companhia, cujo valor em bolsa multiplicou-se por nove nos últimos meses, ainda deverá realizar testes para assegurar da viabilidade comercial da extração.
Associada a outras duas empresas britânicas, a Desire Petroleum e a Falkland Oil & Gas, a Rockhopper iniciou em fevereiro uma campanha de perfuração nas águas das Malvinas, reativando a antiga reinvidicação da Argentina pela recuperação desse arquipélago do Atlântico Sul.
O potencial petroleiro nas Malvinas constitui um dos pontos de maior tensão na disputa pela soberania do arquipélago entre Argentina e Reino Unido, que Buenos Aires canaliza, agora, por via diplomática, 28 anos depois de uma guerra entre os dois países.