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Reguladores apertam o cerco sobre operações de Wall Street

Segundo fontes, reguladores dos EUA começaram a auditar carteiras de empréstimos num grande impulso para conter operações mais agressivas


	Wall Street, em Nova York: reguladores dos EUA apertaram o cerco sobre operações de crédito
 (Kay Nietfeld/Corbis/Latin Stock/Exame)

Wall Street, em Nova York: reguladores dos EUA apertaram o cerco sobre operações de crédito (Kay Nietfeld/Corbis/Latin Stock/Exame)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 17h44.

Nova York - Reguladores dos Estados Unidos começaram a auditar carteiras de empréstimos de bancos de Wall Street, num grande impulso para conter operações mais agressivas, informou nesta quarta-feira o IFR, serviço da Thomson Reuters.

Tendo apertado o cerco sobre bancos após ter repreendido o Credit Suisse, os reguladores agora podem aplicar punições rapidamente se considerarem que as orientações foram violadas.

"Perdão é mais fácil de obter do que permissão", disse Richard Farley, sócio da área de finanças alavancadas do escritório de advocacia Paul Hastings.

"Auditorias mensais significam que os reguladores podem dizer aos bancos para parar imediatamente e anunciar as consequências se eles não obedecerem", disse o executivo, para quem os reguladores podem aplicar várias punições.

"Eles podem mudar a classificação que mede a conformidade e o gerenciamento de risco de um banco, que determina se ele é seguro e solvente e pode impactar o custo de capital", disse.

"Eles também poderiam dificultar a aprovação de planos de capital do banco e a capacidade de pagar dividendos, bem como multas. Eles poderiam até revogar a autorização de um banco e remover a sua adesão ao Fed", disse Farley.

Até recentemente, o Federal Reserve, o Federal Deposit Insurance e o Escritório do Controlador da Moeda monitoraram o comportamento dos bancos anualmente.

O foco das auditorias será saber se os bancos estão aderindo às diretrizes, previstas para entrar em vigor em março de 2013, que diz que um empréstimo pode ser criticado ou considerado proibido se uma empresa não puder amortizar ou pagar toda a dívida sênior de fluxo de caixa livre, ou metade de sua dívida total em cinco a sete anos.

Uma alavancagem de mais de seis vezes também é vista como problemática.

O Fed, FDIC e OCC não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Os banqueiros, que se queixaram durante meses sobre uma situação de desigualdade entre os bancos assistidos pela OCC e o Fed, aprovaram a notícia.

"Todos os bancos querem igualdade de condições e retorno mais consistente sobre o que não se encaixa nas regras. Ainda há muita coisa sob interpretação", disse uma fonte do mercado.

"Isso significa que os bancos não terão que esperar um ano para uma revisão. Há um feedback contínuo e os reguladores estão apenas mais ativos e dando orientação mais específica."

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