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Recuperação de Petrobras e Vale salvam Ibovespa do negativo

O Ibovespa subiu 0,13 por cento, a 53.877 pontos, segundo dados preliminares

Petrobras subiu na bolsa após uma forte queda na véspera (Marcelo Correa/EXAME.com)

Petrobras subiu na bolsa após uma forte queda na véspera (Marcelo Correa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 18h09.

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras fechou praticamente estável nesta quinta-feira, com a correção técnica de Petrobras e Vale ajudando a neutralizar o tombo do setor bancário na sessão, após a inadimplência no país ter atingido patamar recorde em maio.

O Ibovespa fechou com oscilação positiva de 0,06 por cento, a 53.836 pontos, após quatro pregões consecutivos de baixa. Nesta terça-feira, o índice oscilou entre alta de 0,72 por cento na máxima e queda de 0,76 por cento mínima intradiária. O giro financeiro foi de 6,2 bilhões de reais.

"Vimos um movimento de recuperação técnica em alguns papéis, mas o cenário continua muito complicado. Com todas as incertezas na Europa e dados ruins também aqui no Brasil, não dá para ficar otimista", disse o operador Pedro Amaro, da PAX Corretora.

"O Brasil já não brilha tanto e isso sem dúvida penaliza a nossa bolsa. Vimos hoje que a situação da inadimplência continuou ruim no país, o que penalizou o setor bancário".

Segundo dados do Banco Central divulgados nesta manhã, o crescimento no mercado de crédito em maio foi acompanhado de inadimplência recorde e recuo na concessão de financiamento.

Banco do Brasil foi destaque de baixa no setor, com queda de 2,36 por cento, a 18,65 reais. Na véspera, o banco estatal anunciou a decisão de aportar 1 bilhão de reais no Banco Votorantim. A Votorantim Finanças, que também é sócia do Banco Votorantim, também investirá a mesma quantia.


Bradesco recuou 0,61 por cento, a 29,32 reais, Itaú Unibanco caiu 0,15 por cento, a 27,16 reais, enquanto a unit do Santander teve baixa de 1,03 por cento, a 15,40 reais.

Hering despencou 7,7 por cento, a 37,06 reais, marcando a maior queda diária desde 22 de setembro de 2011. Segundo operadores, pesou sobre o papel um relatório do Bank of America Merrill Lynch, que iniciou a cobertura de Hering com recomendação "neutra", apontando para um cenário desafiador para a companhia no curto prazo.

OGX recuou 3,79 por cento, a 8,37 reais. Em sentido oposto, Vale e da Petrobras ajudaram a segurar o índice. A preferencial da Vale subiu 1,83 por cento, a 38,93 reais, enquanto a da Petrobras teve alta de 1,12 por cento, a 18,00 reais, devolvendo apenas parcialmente as fortes perdas da véspera.

O cenário externo continuou impondo cautela entre investidores, com os mercados à espera da cúpula da União Europeia na quinta e sexta-feira. "Os mercados ficaram meio parados na expectativa de alguma novidade na zona do euro, antes da reunião dos líderes da região", disse Pedro Galdi, estrategista-chefe da corretora SLW.

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