Rebaixamento da Eletrobras rompe ligação com rating soberano
Nota mudou para junk, ou alto risco, pela Fitch
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 09h38.
20 de dezembro (Bloomberg) -- O rebaixamento da nota de crédito da Centrais Elétricas Brasileiras SA para o equivalente a junk, ou alto risco, está afetando a correlação entre a geradora estatal de energia e os títulos do governo brasileiro.
A taxa dos títulos da Eletrobras com vencimento em 2021 subiu 0,5 ponto percentual para 4,81 por cento depois que a Fitch Ratings cortou o rating da companhia para dois níveis abaixo do grau de investimento em 7 de dezembro. A decisão empurrou os custos de captação para o recorde de 2,8 pontos percentuais acima dos títulos de governo com vencimento similar na semana passada, um ponto percentual a mais que a média dos últimos três anos. A diferença é maior que a de Petróleo Brasileiro SA e Banco do Brasil SA.
Enquanto Eletrobras, Petrobras e Banco do Brasil têm tradicionalmente usufruído custos de captação mais baixos que companhias privadas, o controle estatal agora está colocando em risco os lucros da concessionária de energia com a decisão do governo de reduzir as tarifas de eletricidade. A Fitch reduziu sua nota de crédito em quatro níveis depois que a Eletrobras se tornou a única entre as grandes concessionárias a concordar com os termos da proposta do governo de reduzir tarifas em troca da renovação antecipada dos contratos de concessão. A Moody’s Investors Service reduziu a nota da Eletrobras para perto de junk ontem.
Segundo Carlos Gribel, diretor de vendas da Tradewire Securities LLC, dentro dessas novas regras, o lucro da Eletrobras deve ser menor. Para ele, o fato de que os resultados serão afetados tem um impacto no rating e, como o rating cai, alguns investidores têm de vender os títulos.
20 de dezembro (Bloomberg) -- O rebaixamento da nota de crédito da Centrais Elétricas Brasileiras SA para o equivalente a junk, ou alto risco, está afetando a correlação entre a geradora estatal de energia e os títulos do governo brasileiro.
A taxa dos títulos da Eletrobras com vencimento em 2021 subiu 0,5 ponto percentual para 4,81 por cento depois que a Fitch Ratings cortou o rating da companhia para dois níveis abaixo do grau de investimento em 7 de dezembro. A decisão empurrou os custos de captação para o recorde de 2,8 pontos percentuais acima dos títulos de governo com vencimento similar na semana passada, um ponto percentual a mais que a média dos últimos três anos. A diferença é maior que a de Petróleo Brasileiro SA e Banco do Brasil SA.
Enquanto Eletrobras, Petrobras e Banco do Brasil têm tradicionalmente usufruído custos de captação mais baixos que companhias privadas, o controle estatal agora está colocando em risco os lucros da concessionária de energia com a decisão do governo de reduzir as tarifas de eletricidade. A Fitch reduziu sua nota de crédito em quatro níveis depois que a Eletrobras se tornou a única entre as grandes concessionárias a concordar com os termos da proposta do governo de reduzir tarifas em troca da renovação antecipada dos contratos de concessão. A Moody’s Investors Service reduziu a nota da Eletrobras para perto de junk ontem.
Segundo Carlos Gribel, diretor de vendas da Tradewire Securities LLC, dentro dessas novas regras, o lucro da Eletrobras deve ser menor. Para ele, o fato de que os resultados serão afetados tem um impacto no rating e, como o rating cai, alguns investidores têm de vender os títulos.