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Reajuste de energia puxa juros futuros para o alto

O mercado doméstico de renda fixa reage ao desmonte do pacote que reduziu as contas de energia há dois anos

Operadores na Bovespa: às 9h15, na bolsa, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,76%, de 12,75% no ajuste de ontem (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 09h40.

São Paulo - O mercado de juros futuros abriu em alta, nesta terça-feira, 13, acompanhando o viés positivo vindo do câmbio doméstico, mas com as atenções mais voltadas para os impactos na inflação e nas contas públicas do fim de subsídios em energia elétrica. As declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, serão observadas.

Às 9h15, na BM&FBovespa , o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,76%, de 12,75% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 projetava taxa de 12,61%, de 12,58% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 estava em 12,19%, de 12,17% no ajuste da véspera.

O mercado doméstico de renda fixa reage ao desmonte do pacote que reduziu as contas de energia há dois anos, fazendo com que os consumidores voltem a pagar os subsídios antes assumidos pelo Tesouro Nacional.

O assunto pode ser tema do café da manhã que Levy e seus secretários da Pasta tomam com jornalistas.

Também podem entrar na pauta de discussão as "pedaladas fiscais", comprovadas em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que pegou de surpresa a nova equipe econômica. Depois do café, o ministro da Fazenda reúne-se com a presidente Dilma Rousseff, às 11h30. Antes, às 10 horas, ela recebe o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Já em termos de indicadores econômicos, a agenda do dia é novamente fraca. O dado em destaque hoje já foi conhecido e vem da China. O país asiático registrou saldo comercial positivo de US$ 382,5 bilhões em 2014, o que representa uma alta de 47,3% em relação ao superávit de 2013, em US$ 259,75 bilhões.

A China registrou ainda um saldo positivo acima do esperado apenas no mês de dezembro do ano passado, com avanço maior que o previsto nas exportações e recuo abaixo do estimado nas importações, mas aumento histórico na demanda por petróleo, minério de ferro, cobre e soja, diante dos preços baixos.

Porém, para analistas, até mesmo o bom resultado do comércio exterior chinês precisa ser analisado com cautela. No site da agência estatal de notícias Xinhua, especialistas defendem mais estímulos a serem adotados por Pequim, diante da frágil demanda doméstica, que pode ter forçado as empresas a venderem mais produtos no exterior.

De qualquer forma, a queda livre nos preços do petróleo ofusca os dados chineses e afeta o sentimento dos investidores. Às 9h15, na Nymex, o WTI para fevereiro caía 3,28, a US$ 44,56 por barril. Na Comex, o cobre para março recuava 2,95%, a US$ 2,6450 por libra-peso.

Nas bolsas, o sinal positivo que predominava apenas nos índices futuros das bolsas de Nova York passou a vigorar também entre as praças europeias, com a expectativa por mais estímulos em breve pelo Banco Central Europeu (BCE) trazendo certo ânimo aos negócios.

O balanço trimestral da Alcoa, que voltou a registrar lucro líquido no quarto trimestre de 2014 após perdas bilionárias um ano antes, também traz certa sustentação.

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São Paulo - O mercado de juros futuros abriu em alta, nesta terça-feira, 13, acompanhando o viés positivo vindo do câmbio doméstico, mas com as atenções mais voltadas para os impactos na inflação e nas contas públicas do fim de subsídios em energia elétrica. As declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, serão observadas.

Às 9h15, na BM&FBovespa , o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,76%, de 12,75% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2017 projetava taxa de 12,61%, de 12,58% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 estava em 12,19%, de 12,17% no ajuste da véspera.

O mercado doméstico de renda fixa reage ao desmonte do pacote que reduziu as contas de energia há dois anos, fazendo com que os consumidores voltem a pagar os subsídios antes assumidos pelo Tesouro Nacional.

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Também podem entrar na pauta de discussão as "pedaladas fiscais", comprovadas em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que pegou de surpresa a nova equipe econômica. Depois do café, o ministro da Fazenda reúne-se com a presidente Dilma Rousseff, às 11h30. Antes, às 10 horas, ela recebe o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Já em termos de indicadores econômicos, a agenda do dia é novamente fraca. O dado em destaque hoje já foi conhecido e vem da China. O país asiático registrou saldo comercial positivo de US$ 382,5 bilhões em 2014, o que representa uma alta de 47,3% em relação ao superávit de 2013, em US$ 259,75 bilhões.

A China registrou ainda um saldo positivo acima do esperado apenas no mês de dezembro do ano passado, com avanço maior que o previsto nas exportações e recuo abaixo do estimado nas importações, mas aumento histórico na demanda por petróleo, minério de ferro, cobre e soja, diante dos preços baixos.

Porém, para analistas, até mesmo o bom resultado do comércio exterior chinês precisa ser analisado com cautela. No site da agência estatal de notícias Xinhua, especialistas defendem mais estímulos a serem adotados por Pequim, diante da frágil demanda doméstica, que pode ter forçado as empresas a venderem mais produtos no exterior.

De qualquer forma, a queda livre nos preços do petróleo ofusca os dados chineses e afeta o sentimento dos investidores. Às 9h15, na Nymex, o WTI para fevereiro caía 3,28, a US$ 44,56 por barril. Na Comex, o cobre para março recuava 2,95%, a US$ 2,6450 por libra-peso.

Nas bolsas, o sinal positivo que predominava apenas nos índices futuros das bolsas de Nova York passou a vigorar também entre as praças europeias, com a expectativa por mais estímulos em breve pelo Banco Central Europeu (BCE) trazendo certo ânimo aos negócios.

O balanço trimestral da Alcoa, que voltou a registrar lucro líquido no quarto trimestre de 2014 após perdas bilionárias um ano antes, também traz certa sustentação.

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