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Raia e Pague Menos planejam oferta inicial de ações

As duas empresas devem abrir o capital na Bovespa até 2012

Farmácia Pague Menos: empresa deve elevar faturamento a R$ 3 bi até 2012 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 16h48.

São Paulo - As redes Raia SA e a Empreendimentos Pague Menos SA, que controla a Farmácias Pague Menos, pretendem realizar ofertas públicas de ações entre este ano e 2012.

A Raia e seus acionistas planejam vender novas ações ordinárias e outras já existentes, segundo pedido registrado hoje na Comissão de Valores Mobiliários. O Banco Itaú BBA SA será o coordenador da operação.

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Em fevereiro de 2008, a Raia cancelou seus planos de realizar uma oferta inicial, anunciada em agosto de 2007.

A Pague Menos, com sede em Fortaleza, tem planos de abrir o capital até o fim de dezembro de 2012, de acordo com um comunicado distribuído hoje a jornalistas em São Paulo. A empresa projeta que o faturamento vai crescer 21 por cento para R$ 2,2 bilhões em 2010 e para R$ 3 bilhões até 2012, segundo o comunicado.

“Estamos preparados para encerrar 2012 com pelo menos 500 unidades e faturamento acima de R$ 3 bilhões”, disse Deusmar Queirós, presidente da Pague Menos, no comunicado distribuído para jornalistas. “Com esse ritmo vamos abrir capital no mesmo ano.”

O executivo disse a jornalista durante evento em São Paulo que o processo de expansão da rede de lojas até 2012 pode ser feito com caixa próprio gerado pela empresa. O resultado líquido antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização vai atingir R$ 165 milhões neste ano, segundo Queirós. O lucro líquido ficará em cerca de R$ 60 milhões, de acordo com a companhia.


Marca própria e internacionalização

Queirós disse que o capital levantado com a venda inicial de ações pode ser usado na ampliação da linha de produtos com marca própria e na internacionalização da rede. Atualmente a Pague Menos tem vende produtos de três linhas com marca própria: Amorável, Dauf e Pague Menos.

“Um IPO para levantar capital para investir nesse negócio de marca própria faz sentido”, disse Queirós. “Outro plano de longo prazo é buscar oportunidades em mercados vizinhos, como Uruguai e Argentina.”

Atualmente a Farmácia pague Menos tem 380 pontos de venda, opera em 140 cidades do País e em todos os estados e no Distrito Federal. O grupo emprega 11 mil funcionários. As metas para o ciclo operacional até o fim de 2012 incluem aumentar a rede de pontos de venda para 500 lojas, contratar mais 2.000 empregados e atingir 180 cidades. A empresa tem uma participação de 6 por cento no mercado de drogarias no Brasil.

“Até 2008 crescemos tendo que sacrificar um pouco as margens. Mas agora vamos manter um retorno superior a 3 por cento e manter a forte geração de caixa”, disse Queirós.

O executivo diz que o forte ritmo de crescimento da economia brasileira e o aumento da massa salarial vão sustentar o aumento das vendas de medicamentos e outros produtos nas farmácias e drogarias.

“O Brasil está entre os alvos prioritários dos investidores interessados em oportunidades na área de saúde”, disse na semana passada Daniel Farrel, sócio da consultoria PricewaterhouseCoopers LLP, em entrevista durante visita a São Paulo. “A participação dos gastos com saúde no Brasil chega a 8 por cento do PIB, enquanto nos Estados Unidos, esse percentual chega a 17 por cento. Portanto, vemos amplo espaço para crescimento dos negócios nessa área.”

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