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Queda do minério de ferro, auxílio transitório e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais recuam, com volta de preocupações sobre Evergrande e após novo recorde no mercado americano

Paulo Guedes: ministro da Economia | Foto: Marcos Corrêa/PR/Flckr (Marcos Corrêa/PR/Flickr)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de outubro de 2021 às 07h12.

Última atualização em 21 de outubro de 2021 às 07h21.

A aversão ao risco predomina nos mercados internacionais na manhã desta quinta-feira, 21, com as bolsas de valores em queda e o dólar ganhando força frente às principais moedas emergentes. No radar dos investidores estão temores sobre a crise da Evergrande, após notícias de que a superendividada companhia chinesa falhou na venda de ativos e que seu ritmo de vendas de imóveis despencou. Também endossa o tom de cautela a máxima histórica batida na última sessão pelo Dow Jones, depois de dois meses sem renovar a marca.

Investidores ainda acompanham a dinâmica do mercado de juros dos Estados Unidos, onde o rendimento dos títulos voltaram a subir, indicando alguma preocupação com os níveis de inflação. O movimento ocorre antes da divulgação de dados sobre venda de casas usadas no país e dos pedidos semanais de seguro desemprego. Para esta semana, são esperados 300.000 pedidos.

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Minério em queda

No mercado internacional, parte do movimento de queda é atribuído às mineradoras, que sofrem duras perdas nas bolsas de valores, após o minério de ferro cair mais de 8% na China em meio a preocupações sobre a disparada do preço do níquel, também utilizado na produção de aço.

O cenário se mostra ainda mais negativo para a bolsa brasileira, tendo em vista que a Vale (VALE3) é a empresa com maior participação no Ibovespa. Outro sinal negativo vem do petróleo, que recua mais de 1%, se afastando das máximas deste ano.

O trimestre da Petrobras

Mas além da variação de preços da commodity, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) devem reagir ao relatório de produção da companhia do terceiro trimestre. Divulgado na última noite, o destaque ficou para o crescimento das vendas de derivados do petróleo, em especial do diesel e gasolina.

“Em relação ao diesel, o principal motivo do aumento foi a sazonalidade da demanda, com consumo mais alto no terceiro trimestre em função do período de safra de grãos e da atividade industrial, além da redução do teor médio de biodiesel entre os trimestres”, afirmou a Petrobras no relatório.

Auxílio sim, mas transitório

No cenário macroeconômico, as preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do governo brasileiro seguem como o principal ponto de preocupação do mercado.

Na última noite, em evento da Exame Melhores & Maiores, o ministro da Economia Paulo Guedes disse que o valor pago pelo Auxílio Brasil deve ser de 400 reais, como deseja o presidente Jair Bolsonaro, mas transitório e financiado pelo aumento de arrecadação.

O medo de investidores é de que gastos do programa fiquem fora do teto de gastos, o que poderia gerar uma crise de credibilidade, com investidores exigindo juros ainda mais altos.

Braskem e PEMEX

A Braskem informou ter recebido o aval de acionistas e credores quanto ao convênio com medidas de apoio para a construção do terminal de importação de etano assinado com Petróleos Mexicanos, PEMEX e outros entes governamentais. A empresa ainda informou que a BI concluiu o seu plano de refinanciamento de dívida, com a substituição do saldo remanescente de 1,35 bilhão de dólares do Project Finance por novas dívidas em formato corporativo, aumentando o seu prazo médio de endividamento para 9 anos. "Com a quitação da dívida de Project Finance, serão extintas as garantias fornecidas pela Braskem para a BI, no montante total de 358 milhões de dólares para 9 anos", afirma a Braskem.

BMG de olho em fintech

O banco BMG (BMGB) firmou um contrato com a intenção de adquirir participação na fintech O2OBOTS, que atua no desenvolvimento, licenciamento e manutenção de software especializado em chatbots com inteligência artificial para venda de produtos financeiros e de seguros. "A Operação faz parte da estratégia do BMG de criar um ecossistema de startups com competências especializadas, visando a expansão dos negócios atuais, geração de eficiência operacional e criação de novas unidades de negócios", afirma o BMG em comunicado ao mercado.

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