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Queda do dólar no exterior pesa na abertura do câmbio

Desvalorização da moeda em relação ao euro e algumas divisas correlacionadas com commodities beneficia os investidores "vendidos"

Depois ficar quase parado nas sessões anteriores, a expectativa nas mesas de câmbio é de que o dólar poderá oscilar mais com aumento do giro financeiro nesta quarta-feira (Alex Wong/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 09h49.

São Paulo - Neste último dia útil de outubro em que é definida no começo da tarde a taxa Ptax de fim de mês, o mercado de câmbio doméstico pode ter um movimento mais técnico na primeira parte da sessão, além de monitorar a queda do dólar no exterior. Em Nova York, após a passagem do furacão Sandy pela costa leste dos EUA, os mercados reabrem nesta quarta-feira.

No Brasil, os investidores estarão envolvidos com a liquidação dos contratos futuros que vencem nesta quinta-feira (1), incluindo os swaps cambiais vendidos pelo Banco Central neste mês, e com a rolagem de outros vencimentos de derivativos cambiais.

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A desvalorização da moeda norte-americana em relação ao euro e algumas divisas correlacionadas com commodities nesta quarta, inclusive, beneficia os investidores "vendidos", ou seja, que apostaram no recuo do dólar no mercado futuro. Não é à toa, portanto, que o dólar abriu em queda ante o real.

No mercado à vista, às 10h22, o dólar no balcão caía 0,05%, a R$ 2,0300. A mínima foi registrada na abertura, de R$ 2,0270 (-0,20%).

Na BM&FBovespa, às 9h24, o vencimento de dólar para 1º de novembro recuava 0,12%, a R$ 2,0285. A mínima de R$ 2,0280 também foi apontada na abertura, enquanto a máxima até agora ficou em R$ 2,0290.

Depois ficar quase parado nas sessões anteriores, a expectativa nas mesas de câmbio é de que o dólar poderá oscilar mais com aumento do giro financeiro nesta quarta-feira. "O fluxo cambial pode melhorar por ser final de mês e haver liquidação de contratos futuros na BM&FBovespa e dos cerca de US$ 3 bilhões em swap cambial vendidos pelo Banco Central, todos com vencimento em 1º de novembro", disse um operador de um banco.

Embora não seja usual o BC intervir em fim de mês, para não distorcer a Ptax, um leilão de swap reverso não está totalmente descartado hoje, dependendo da força dos "vendidos" para depreciar o câmbio, afirmou um operador de derivativos de uma corretora.

É certo que, no começo da tarde, às 12h30, o Banco Central vai entrar em cena para anunciar os dados do fluxo cambial até o dia 26 de outubro. Até o dia 19, o fluxo cambial foi positivo em US$ 1,585 bilhão, decorrente de um saldo comercial negativo de US$ 633 milhões e do fluxo financeiro positivo de US$ 2,218 bilhões. No mesmo período, os bancos estava com posição comprada em dólar à vista, de US$ 1,817 bilhão, segundo o BC.

Em Nova York, A Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, informou que vai reabrir às 11h30 (de Brasília) para operações normais em coordenação com todos os mercados de ações, bônus, opções e derivativos. Por enquanto, o clima externo de negócios é positivo. Às 9h26, o euro subia a US$ 1,3017, de US$ 1,2959 no fim da tarde de ontem. O dólar norte-americano recuava em relação ao dólar australiano (-0,21%), o dólar canadense (-0,25%), a rupia indiana (-0,39%) e o dólar neozelandês (-0,11%).

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