Queda das taxas a lojistas pode atingir ações de Redecard e Cielo, diz Ágora
Para analistas, aperto nas taxas deve se intensificar em 2011
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2010 às 05h36.
São Paulo – Os efeitos do acirramento da concorrência no setor de cartões devem continuar afetando as ações de Redecard e Cielo. A conclusão é da corretora Ágora após a análise dos resultados trimestrais das maiores operadoras de cartão do Brasil. As ações de ambas tiveram seu preço-alvo rebaixado: de 22,60 reais para 19,20 (CIEL3) e de 36,10 reais para 30,80 reais (RDCD3).
A revisão de estimativas assume uma tendência já apontada nos resultados recentes: as taxas cobradas a lojistas para uso das máquinas deve cair ainda mais intensamente em 2011. “Nos parece claro que a maior parte das renegociações com clientes se dará no ano que vem“, explica o analista Aloísio Lemos.
Ambas as ações receberam recomendação de manutenção. O analista ressalta a queda maior nas taxas coletadas pela Redecard. “A Redecard deve ter um retorno maior em volume que em receita, uma vez que se concentra em lojistas de grande porte, que cobram taxas menores”. No entanto, “a tendência declinante deve atingir também a Cielo”.
Também na avaliação da Ágora, a competição no setor continuará polarizada entre as duas líderes. “A entrada de outros nomes ainda é incerta”. Num cenário conservador projetado para 2014, os concorrentes devem capturar 15% da fatia de mercado. Os resultados trimestrais apontam divisão de mercado em volume de negócios em 53% para a Cielo e 47% para a Redecard.