Positivo: potencial de valorização vale compra, diz Bradesco
Após forte queda, recuperação das ações pode ser significativa, mas é investimento de risco, dizem analistas
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 16h16.
São Paulo – A concorrência agressiva que abateu as ações da Positivo (POSI3) vai continuar a pautar o mercado de tecnologia no Brasil – mas não para sempre. E uma recuperação potencial dos papéis pode torná-los bem atraentes, alerta o Bradesco em relatório nessa sexta-feira (3), no qual revisou a recomendação para compra das ações (a avaliação anterior era manutenção).
“Não acreditamos que a competição acirrada no setor seja sustentável no longo prazo”, dizem os analistas Luiz Azevedo e Rodrigo Santoro. “O upside é vantajoso dado o pobre desempenho recente das ações”, explicam. O relatório não descarta, no entanto, a volatilidade dos papéis e a falta de catalisadores para a alta no curto prazo, e diminui o preço-alvo das ações de 24 reais para 16,60 depois do que chama de resultados trimestrais “desapontadores”.
O Bradesco atualizou também as estimativas para a margem Ebitda da companhia, reduzidas de 9% para 6% em 2011 e de 11% para 7,3% em 2012. Os analistas destacam que os incentivos ficais da qual a Positivo também é beneficiária têm risco de redução ou corte, aumentando o preço dos produtos e prevenindo uma queda ainda maior de margens. O mercado de computadores no Brasil ganhou viés positivo, e deve manter, no geral, crescimento de dois dígitos.
A ressalva final dos analistas esclarece que a Positivo é um investimento de risco, e as ações devem ainda passar por bastante volatilidade.