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Por que a alta da CSN não é sustentável, segundo HSBC

Preocupações com fusões e alavancagem devem estar no centro das atenções no curto prazo


	Segundo HSBC, recente alta das ações da CSN não é sustentável
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Segundo HSBC, recente alta das ações da CSN não é sustentável (.)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 15h39.

São Paulo - Nos últimos 30 dias, as ações da CSN (CSNA3) acumularam alta de 14,87%. Os papéis ganharam fôlego com sinais de recuperação na demanda do aço na China. Na semana passada, o presidente chinês Xi Jinping deu declarações que enfatizam a determinação do governo em reestruturar a economia.

No entanto, uma análise do HSBC afirma que é preciso cautela com os papéis porque essa alta não parece ser sustentável. Segundo Leonardo Correa e Luiz Fornari, que assinam a análise, preocupações com possíveis fusões e aquisições e alavancagem devem assumir o centro das atenções no curto prazo.

As recentes notícias que dão conta de que a CSN e a ThyssenKrupp haviam chegado a um acordo sobre a venda da fatia do grupo alemão na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) preocupam os analistas. “Acreditamos ser um uso questionável do capital, considerando que os ativos pretendidos ainda estão operando no vermelho”, justificam os analistas.

Correa e Fornari temem que a alavancagem, que já é elevada, fique ainda mais preocupante. O índice dívida líquida/EBITDA oficial da CSN atingiu cerca de 4 vezes no primeiro trimestre deste ano e, de acordo com as projeções do banco, deve aumentar para aproximadamente 5 vezes em 2014.

Além disso, os analistas veem como injustificado o prêmio de 20% em relação às ações Vale e potencial para cortes substanciais nos dividendos em 2014. 

“Continuamos preocupados com o possível passivo fiscal de grande magnitude”, destacam os analistas. Eles se referem à disputa fiscal não provisionada de aproximadamente 13 bilhões de reais – que equivale a mais de 100% do valor de mercado da CSN.

O HSBC tem classificação de underweight (alocação abaixo da média) para a CSN, com preço-alvo de 5,50 reais, um potencial de desvalorização de 23%. 

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