PIB do Brasil, prévia do payroll, reunião da OPEP e o que mais move o mercado
Petróleo recua, com expectativa de aumento de produção de países árabes, e alivia temores sobre inflação; bolsas sobem
Guilherme Guilherme
Publicado em 2 de junho de 2022 às 07h07.
Última atualização em 2 de junho de 2022 às 07h14.
Bolsas internacionais sobem na manhã desta quinta-feira, 2, com a desvalorização do petróleo contribuindo com a melhora de sentimento sobre a inflação. A commodity recua pouco mais de 2%, com investidores à espera da reunião da OPEP+.
Reunião da Opep+
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes podem aumentar substancialmente suas produções, caso sanções europeias tenham efeitos significativos sobre a oferta de petróleo russo, de acordo com fontes do Financial Times. A Arábia Saudita que antes havia negado o pedido dos Estados Unidos para aumentar a produção, agora estaria disposta, como forma de se reaproximar do governo de Joe Biden. O petróleo brent é negociado próximo de US$ 113.
Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):
- Hang Seng (Hong Kong): - 1,00%
- SSE Composite (Xangai): + 0,42%
- DAX (Frankfurt): + 0,76%
- CAC 40 (Paris): + 1,00%
- S&P futuro (Nova York): + 0,42%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,59%
- Petróleo Brent (Londres): - 2,43%, US$ 113,48
Agenda com ADP e PIB do Brasil
Mas as expectativas de maior controle da inflação e gradualidade do aperto monetário do Federal Reserve podem piorar, dependendo dos dados do ADP, conhecidos como prévia do relatório oficial de empregos não agrícolas dos Estados Unidos, o payroll.
O consenso para o ADP de maio é de criação de 300.000 empregos privados, mais do que os 247.000 registrados no mês anterior. Um número acima do previsto pode aumentar ainda mais a percepção de sobreaquecimento do mercado de trabalho americano.
No Brasil, onde a taxa de desemprego caiu para o menor patamar desde 2015, investidores estarão atentos ao PIB do primeiro trimestre. A projeção mediana, segundo a Bloomberg, é de 2,1% de alta em relação ao mesmo período de 2021 e de 1,2% na comparação trimestral.
Eletrobras
A agência de classificação de risco S&P rebaixou o perfil de crédito da Eletrobras de "bb" para "bb-" como consequência da consolidação dos resultados da Santo Antônio Energia no balanço da companhia. "Acreditamos que a consolidação da SAESA prejudicará as métricas financeiras da Eletrobras porque o projeto é altamente alavancado (em 31 de março de 2022, sua dívida totalizava R$ 19,4 bilhões a um custo médio de IPCA + 7,23% ao ano)", afirmou a agência em relatório.4