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Petróleo tem leve queda após alerta da AIE

A AIE cortou suas previsões para o crescimento da demanda por petróleo neste ano em 25 mil barris por dia, citando a fraca demanda em países industrializados

Às 7h38 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 94,54 por barril (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 09h52.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam com leve queda depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) acrescentar sua voz às preocupações sobre a demanda futura pela commodity.

Em relatório publicado hoje a AIE cortou suas previsões para o crescimento da demanda por petróleo neste ano em 25 mil barris por dia, citando a fraca demanda em países industrializados, especialmente na Europa, onde o consumo deverá ser o mais baixo desde a década de 1980.

Ontem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou que reduziu suas projeções para o crescimento da demanda neste ano em 40 mil barris diários.

Anteriormente o Departamento de Energia (DOE) dos EUA havia feito o mesmo, diminuindo suas estimativas em 140 mil barris diários. A AIE, no entanto, destacou os significativos riscos para a oferta, particularmente na Nigéria e na Líbia, que são membros da Opep, e disse que a recente queda dos preços pode ter vida curta.

O alerta para a demanda feito pelos três maiores grupos de petróleo do mundo surge depois de relatórios semanais sobre estoques nos EUA apontarem para os maiores volumes armazenados no país em 32 anos, o que está pressionando os preços da commodity.


Analistas do Commerzbank afirmaram que é "notável que o diferencial de preços entre o brent e o WTI tenha, enquanto isso, diminuído para apenas US$ 11 por barril". "Ainda existe muito petróleo bruto para ser removido do mercado antes de o diferencial voltar ao nível historicamente normal, com o WTI apresentando prêmio sobre o brent", comentou Dominick Chirichella, analista do Energy Management Institute.

Embora o petróleo do Irã esteja sendo banido do mercado por sanções impostas pelo Ocidente em razão do programa nuclear do país e embora o petróleo do Sudão tenha ficado fora do mercado por muito tempo por causa de problemas políticos internos, não há deficiência de petróleo no mundo. Ontem o Iraque disse que espera acrescentar cerca de 200 mil barris diários de produção até o fim deste ano.

Mais tarde as atenções se voltarão para os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, às 9h30 (de Brasília), que são considerados um sinal da saúde da economia norte-americana. Na última sexta-feira, números fracos sobre a criação de empregos nos EUA em março derrubou o preço do petróleo brent para a mínima em oito meses.

Às 7h38 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 94,54 por barril, e o brent para maio recuava 0,04% na ICE, para US$ 105,75 por barril. As informações são da Dow Jones.

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Londres - Os contratos futuros de petróleo operam com leve queda depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) acrescentar sua voz às preocupações sobre a demanda futura pela commodity.

Em relatório publicado hoje a AIE cortou suas previsões para o crescimento da demanda por petróleo neste ano em 25 mil barris por dia, citando a fraca demanda em países industrializados, especialmente na Europa, onde o consumo deverá ser o mais baixo desde a década de 1980.

Ontem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou que reduziu suas projeções para o crescimento da demanda neste ano em 40 mil barris diários.

Anteriormente o Departamento de Energia (DOE) dos EUA havia feito o mesmo, diminuindo suas estimativas em 140 mil barris diários. A AIE, no entanto, destacou os significativos riscos para a oferta, particularmente na Nigéria e na Líbia, que são membros da Opep, e disse que a recente queda dos preços pode ter vida curta.

O alerta para a demanda feito pelos três maiores grupos de petróleo do mundo surge depois de relatórios semanais sobre estoques nos EUA apontarem para os maiores volumes armazenados no país em 32 anos, o que está pressionando os preços da commodity.


Analistas do Commerzbank afirmaram que é "notável que o diferencial de preços entre o brent e o WTI tenha, enquanto isso, diminuído para apenas US$ 11 por barril". "Ainda existe muito petróleo bruto para ser removido do mercado antes de o diferencial voltar ao nível historicamente normal, com o WTI apresentando prêmio sobre o brent", comentou Dominick Chirichella, analista do Energy Management Institute.

Embora o petróleo do Irã esteja sendo banido do mercado por sanções impostas pelo Ocidente em razão do programa nuclear do país e embora o petróleo do Sudão tenha ficado fora do mercado por muito tempo por causa de problemas políticos internos, não há deficiência de petróleo no mundo. Ontem o Iraque disse que espera acrescentar cerca de 200 mil barris diários de produção até o fim deste ano.

Mais tarde as atenções se voltarão para os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, às 9h30 (de Brasília), que são considerados um sinal da saúde da economia norte-americana. Na última sexta-feira, números fracos sobre a criação de empregos nos EUA em março derrubou o preço do petróleo brent para a mínima em oito meses.

Às 7h38 (de Brasília), o petróleo para maio negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 94,54 por barril, e o brent para maio recuava 0,04% na ICE, para US$ 105,75 por barril. As informações são da Dow Jones.

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