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Petróleo supera US$91 o barril com dólar fraco e onda de frio

Por Seng Li Peng CINGAPURA, 28 de dezembro (Reuters) - Os futuros do petróleo nos Estados Unidos superaram a marca de 91 dólares o barril, oscilando ligeiramente abaixo da máxima de 26 meses testada na sessão anterior, sustentado pelo dólar fraco e a expectativa de que a grande nevasca na costa leste impulsionaria a demanda […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 09h00.

Por Seng Li Peng

CINGAPURA, 28 de dezembro (Reuters) - Os futuros do
petróleo nos Estados Unidos superaram a marca de 91 dólares o
barril, oscilando ligeiramente abaixo da máxima de 26 meses
testada na sessão anterior, sustentado pelo dólar fraco e a
expectativa de que a grande nevasca na costa leste
impulsionaria a demanda por óleo para aquecimento.

Os preços também receberam um impulso diante da resistência
da Opep em ofertar mais petróleo em 2011 uma vez que o mercado
está bem abastecido e dos comentários do ministro do Petróleo
do Kuwait de que a economia global pode suportar o preço de 100
o barril.

O contrato fevereiro do petróleo subia 36 centavos
de dólar, a 91,36 dólares o barril, por volta das 9h45 (horário
de Brasília), depois de testar o pico de 91,88 dólares na
véspera -- o maior valor desde outubro de 2008.

"Dados das semanas recentes têm dado suporte para as ações
e os mercados de commodities globalmente. Os EUA vão evitar uma
queda dupla. A região asiática incluindo o Japão parece um
pouco melhor, com sua produção industrial finalmente mostrando
um aumento", disse David Cohen, diretor de Asian Economic
Forecasting, da Action Economics.

"Eu acredito que muitas pessoas estão esperando que os
preços sigam em direção a 100 dólares o barril no próximo ano",
acrescentou.

A produção industrial japonesa subiu em novembro pela
primeira vez em seis e a expectativa é que o setor aumente a
produção nos próximos meses, sugerindo que a firme demanda na
Ásia ajudará a economia a retomar uma recuperação no próximo
ano.

Fortes fundamentos foram ofuscados pelo último aumento na
taxa de juro na China, o segundo maior consumidor de óleo do
mundo.

"Todos estão observando a China, que tem de continuar
ajustando as taxas de juros. Mas eu não acredito que as taxas
maiores irão descarrilhar o substancial impulso em que se
encontra a economia chinesa", disse Cohen.

O banco central da China aumentou as taxas de juros no
último sábado pela segunda vez em apenas dois meses em mais um
passo na batalha para vencer a persistente inflação.

Em outro front, o dólar foi pressionado, atingindo a menor
cotação em três semanas contra o iene e a mínima de sete
semanas contra o dólar australiano, enquanto o euro também
ganhou força frente à moeda norte-americana.

A fraqueza do dólar dá suporte às commodities denominadas
nesta moeda, como o petróleo.

Além disso, uma grande tempestade de neve atingiu o
nordeste dos Estados Unidos. Embora não tenha paralisado as
atividades em refinarias, o frio deve manter firme a demanda
por óleo para aquecimento, o que por sua vez, ajudará a
sustentar os preços do petróleo.

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Por Seng Li Peng

CINGAPURA, 28 de dezembro (Reuters) - Os futuros do
petróleo nos Estados Unidos superaram a marca de 91 dólares o
barril, oscilando ligeiramente abaixo da máxima de 26 meses
testada na sessão anterior, sustentado pelo dólar fraco e a
expectativa de que a grande nevasca na costa leste
impulsionaria a demanda por óleo para aquecimento.

Os preços também receberam um impulso diante da resistência
da Opep em ofertar mais petróleo em 2011 uma vez que o mercado
está bem abastecido e dos comentários do ministro do Petróleo
do Kuwait de que a economia global pode suportar o preço de 100
o barril.

O contrato fevereiro do petróleo subia 36 centavos
de dólar, a 91,36 dólares o barril, por volta das 9h45 (horário
de Brasília), depois de testar o pico de 91,88 dólares na
véspera -- o maior valor desde outubro de 2008.

"Dados das semanas recentes têm dado suporte para as ações
e os mercados de commodities globalmente. Os EUA vão evitar uma
queda dupla. A região asiática incluindo o Japão parece um
pouco melhor, com sua produção industrial finalmente mostrando
um aumento", disse David Cohen, diretor de Asian Economic
Forecasting, da Action Economics.

"Eu acredito que muitas pessoas estão esperando que os
preços sigam em direção a 100 dólares o barril no próximo ano",
acrescentou.

A produção industrial japonesa subiu em novembro pela
primeira vez em seis e a expectativa é que o setor aumente a
produção nos próximos meses, sugerindo que a firme demanda na
Ásia ajudará a economia a retomar uma recuperação no próximo
ano.

Fortes fundamentos foram ofuscados pelo último aumento na
taxa de juro na China, o segundo maior consumidor de óleo do
mundo.

"Todos estão observando a China, que tem de continuar
ajustando as taxas de juros. Mas eu não acredito que as taxas
maiores irão descarrilhar o substancial impulso em que se
encontra a economia chinesa", disse Cohen.

O banco central da China aumentou as taxas de juros no
último sábado pela segunda vez em apenas dois meses em mais um
passo na batalha para vencer a persistente inflação.

Em outro front, o dólar foi pressionado, atingindo a menor
cotação em três semanas contra o iene e a mínima de sete
semanas contra o dólar australiano, enquanto o euro também
ganhou força frente à moeda norte-americana.

A fraqueza do dólar dá suporte às commodities denominadas
nesta moeda, como o petróleo.

Além disso, uma grande tempestade de neve atingiu o
nordeste dos Estados Unidos. Embora não tenha paralisado as
atividades em refinarias, o frio deve manter firme a demanda
por óleo para aquecimento, o que por sua vez, ajudará a
sustentar os preços do petróleo.

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