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Petróleo recua com menor expectativa de corte na produção

Às 9h50 (de Brasília), o Brent para abril caía 0,56%, a US$ 35,79 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres

Cotação do petróleo: às 9h50 (de Brasília), o Brent para abril caía 0,56%, a US$ 35,79 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 10h08.

Londres - Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, mas com perdas menores do que durante a madrugada, pressionados pela diminuição da expectativa de que haja um corte coordenado na produção e por novos indícios de que a China está em desaceleração.

Na semana passada, o petróleo acumulou ganhos superiores a 10% em Londres e Nova York, após relatos de que a Rússia e a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) , estariam considerando cortar sua produção de forma coordenada.

A hipótese, porém, perdeu força após o Irã afirmar, na última sexta-feira, que "não irá considerar um corte" até que suas exportações cresçam em 1,5 milhão de barris por dia.

O Irã , que atualmente exporta 1,1 milhão, está gradualmente ampliando seus embarques, como parte do acordo histórico que recentemente levantou a maior parte das sanções internacionais impostas a Teerã.

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o Irã irá exportar 300 mil barris por dia adicionais até o fim do ano.

"Para (o petróleo) sair dos níveis atuais, que são iguais aos da segunda metade de dezembro, precisamos da confirmação de um acordo", disse Olivier Jakob, analistas da Petromatrix, referindo-se a um eventual acerto sobre um corte coordenado na produção.

Se o acordo não se concretizar, alguns dos maiores produtores de petróleo poderão ter problemas. Nigéria e Azerbaijão, por exemplo, já pediram ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em meio à forte tendência de queda nos preços da commodity.

"Com os preços menores, podemos esperar que haja demanda pelo petróleo, dando sustentação temporária aos preços, mais vai ser muito difícil para muitos produtores lidarem com cotações de US$ 26 ou menos", notou Jakob.

Economistas do Barclays Capital, por sua vez, dizem estar céticos de que uma eventual reunião entre a Opep e grandes produtores não pertencentes ao grupo possam resultar em um corte significativo na oferta.

Novos dados fracos da China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo, também pressionam os preços hoje. O índice de gerentes de compras (PMI) oficial do setor industrial chinês recuou para 49,4 em janeiro, de 49,7 em dezembro, atingindo o menor nível desde agosto de 2012 e marcando a sexta contração consecutiva na atividade.

A desaceleração da China também tem pesado na demanda global por petróleo. Em 2015, a economia chinesa teve expansão de 6,9%, a menor em 25 anos.

Alguns analistas preveem, porém, que as importações de petróleo da China podem crescer cerca de 7% este ano, impulsionadas pela demanda de refinarias locais e em meio aos esforços de Pequim de ampliar suas reservas estratégicas. No ano passado, a demanda chinesa por petróleo aumentou 8,8%.

Às 9h50 (de Brasília), o Brent para abril caía 0,56%, a US$ 35,79 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto o petróleo para março negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) recuava 1,49%, a US$ 33,12 por barril.

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Londres - Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, mas com perdas menores do que durante a madrugada, pressionados pela diminuição da expectativa de que haja um corte coordenado na produção e por novos indícios de que a China está em desaceleração.

Na semana passada, o petróleo acumulou ganhos superiores a 10% em Londres e Nova York, após relatos de que a Rússia e a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) , estariam considerando cortar sua produção de forma coordenada.

A hipótese, porém, perdeu força após o Irã afirmar, na última sexta-feira, que "não irá considerar um corte" até que suas exportações cresçam em 1,5 milhão de barris por dia.

O Irã , que atualmente exporta 1,1 milhão, está gradualmente ampliando seus embarques, como parte do acordo histórico que recentemente levantou a maior parte das sanções internacionais impostas a Teerã.

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o Irã irá exportar 300 mil barris por dia adicionais até o fim do ano.

"Para (o petróleo) sair dos níveis atuais, que são iguais aos da segunda metade de dezembro, precisamos da confirmação de um acordo", disse Olivier Jakob, analistas da Petromatrix, referindo-se a um eventual acerto sobre um corte coordenado na produção.

Se o acordo não se concretizar, alguns dos maiores produtores de petróleo poderão ter problemas. Nigéria e Azerbaijão, por exemplo, já pediram ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em meio à forte tendência de queda nos preços da commodity.

"Com os preços menores, podemos esperar que haja demanda pelo petróleo, dando sustentação temporária aos preços, mais vai ser muito difícil para muitos produtores lidarem com cotações de US$ 26 ou menos", notou Jakob.

Economistas do Barclays Capital, por sua vez, dizem estar céticos de que uma eventual reunião entre a Opep e grandes produtores não pertencentes ao grupo possam resultar em um corte significativo na oferta.

Novos dados fracos da China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo, também pressionam os preços hoje. O índice de gerentes de compras (PMI) oficial do setor industrial chinês recuou para 49,4 em janeiro, de 49,7 em dezembro, atingindo o menor nível desde agosto de 2012 e marcando a sexta contração consecutiva na atividade.

A desaceleração da China também tem pesado na demanda global por petróleo. Em 2015, a economia chinesa teve expansão de 6,9%, a menor em 25 anos.

Alguns analistas preveem, porém, que as importações de petróleo da China podem crescer cerca de 7% este ano, impulsionadas pela demanda de refinarias locais e em meio aos esforços de Pequim de ampliar suas reservas estratégicas. No ano passado, a demanda chinesa por petróleo aumentou 8,8%.

Às 9h50 (de Brasília), o Brent para abril caía 0,56%, a US$ 35,79 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto o petróleo para março negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) recuava 1,49%, a US$ 33,12 por barril.

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