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Petróleo pode subir para US$ 57 em 2017, dizem analistas

O petróleo fechou em bear market na segunda-feira, mas não abandone as esperanças. Os analistas enxergam, depois da queda atual, uma recuperação no ano que vem

Petróleo: petróleo perdeu mais de um quinto de seu valor em menos de dois meses depois que as refinarias criaram um excedente de gasolina (ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 21h10.

O petróleo fechou em bear market na segunda-feira, mas não abandone as esperanças. Os analistas enxergam, depois da queda atual, uma recuperação no ano que vem.

O petróleo perdeu mais de um quinto de seu valor em menos de dois meses depois que as refinarias criaram um excedente de gasolina, mas não conseguiu eliminar a oferta excedente de petróleo.

Isso destruiu as margens de refino e prejudicou os resultados da Exxon Mobil , da BP e da Royal Dutch Shell. Contudo, os preços internacionais do petróleo ficarão em uma média de US$ 57 por barril em 2017, segundo a mediana de pelo menos 20 estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.

O progresso será lento. O excedente de petróleo levará muito tempo para se dissipar, o que significa que haverá ganhos de preço apenas graduais, disse Michael Hsueh, estrategista do Deutsche Bank.

O West Texas Intermediate, referência nos EUA, ficará em uma média de US$ 49,50 no quarto trimestre antes de superar decisivamente a marca de US$ 50 no ano que vem, dizem os analistas.

“Estamos olhando para um mercado que ainda está em um processo muito lento de reequilíbrio e achamos que não haverá um déficit sustentável até o segundo trimestre de 2017”, disse Hsueh, que prevê o barril de petróleo a US$ 53 no ano que vem.

“Esses déficits são necessários para reduzir os estoques internacionais, mas parece que ainda vai demorar até o fim de 2018”.

O WTI caiu 22 por cento do início de junho ao fechamento de segunda-feira, mais do que os 20 por cento de queda que caracterizam um bear market.

Termina, assim, uma recuperação que viu os preços quase dobrarem em relação ao menor patamar em 12 anos, registrado em fevereiro.

Esse tipo de petróleo era negociado a US$ 40,55 às 12h21 em Londres, tendo ficado abaixo de US$ 40 no início do dia. Os distúrbios à oferta em lugares como Nigéria e Canadá, que haviam reduzido o excedente global, perderam força.

Embora os estoques dos EUA estejam menores em relação ao pico de abril, eles continuam muito acima de qualquer nível que o mercado tenha testemunhado nesta altura do ano em pelo menos três décadas.

Pior, os estoques de gasolina também chegaram a níveis sem precedentes e isso está esmagando os lucros de processamento de um combustível que há alguns meses era visto como um segmento positivo no setor.

Contudo, com as reduções das despesas de capital das petroleiras calculadas em US$ 1 trilhão até 2020, Simon Flowers, analista-chefe da Wood Mackenzie em Edimburgo, disse que existe uma “bomba-relógio” que acabará elevando os preços.

Essas reduções poderão até elevar a demanda acima da oferta já no fim deste ano, disse Hans Van Cleef, economista especializado em energia do ABN Amro.

A falta de investimento “provocará um grande impacto sobre a oferta global”, disse Van Cleef, que projetou que o Brent atingirá US$ 70 no ano que vem.

Quando o mercado perceber que não há um excesso de oferta e que a escassez é iminente, “isso deverá dar um enorme impulso aos preços do petróleo”, disse ele.

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O petróleo perdeu mais de um quinto de seu valor em menos de dois meses depois que as refinarias criaram um excedente de gasolina, mas não conseguiu eliminar a oferta excedente de petróleo.

Isso destruiu as margens de refino e prejudicou os resultados da Exxon Mobil , da BP e da Royal Dutch Shell. Contudo, os preços internacionais do petróleo ficarão em uma média de US$ 57 por barril em 2017, segundo a mediana de pelo menos 20 estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.

O progresso será lento. O excedente de petróleo levará muito tempo para se dissipar, o que significa que haverá ganhos de preço apenas graduais, disse Michael Hsueh, estrategista do Deutsche Bank.

O West Texas Intermediate, referência nos EUA, ficará em uma média de US$ 49,50 no quarto trimestre antes de superar decisivamente a marca de US$ 50 no ano que vem, dizem os analistas.

“Estamos olhando para um mercado que ainda está em um processo muito lento de reequilíbrio e achamos que não haverá um déficit sustentável até o segundo trimestre de 2017”, disse Hsueh, que prevê o barril de petróleo a US$ 53 no ano que vem.

“Esses déficits são necessários para reduzir os estoques internacionais, mas parece que ainda vai demorar até o fim de 2018”.

O WTI caiu 22 por cento do início de junho ao fechamento de segunda-feira, mais do que os 20 por cento de queda que caracterizam um bear market.

Termina, assim, uma recuperação que viu os preços quase dobrarem em relação ao menor patamar em 12 anos, registrado em fevereiro.

Esse tipo de petróleo era negociado a US$ 40,55 às 12h21 em Londres, tendo ficado abaixo de US$ 40 no início do dia. Os distúrbios à oferta em lugares como Nigéria e Canadá, que haviam reduzido o excedente global, perderam força.

Embora os estoques dos EUA estejam menores em relação ao pico de abril, eles continuam muito acima de qualquer nível que o mercado tenha testemunhado nesta altura do ano em pelo menos três décadas.

Pior, os estoques de gasolina também chegaram a níveis sem precedentes e isso está esmagando os lucros de processamento de um combustível que há alguns meses era visto como um segmento positivo no setor.

Contudo, com as reduções das despesas de capital das petroleiras calculadas em US$ 1 trilhão até 2020, Simon Flowers, analista-chefe da Wood Mackenzie em Edimburgo, disse que existe uma “bomba-relógio” que acabará elevando os preços.

Essas reduções poderão até elevar a demanda acima da oferta já no fim deste ano, disse Hans Van Cleef, economista especializado em energia do ABN Amro.

A falta de investimento “provocará um grande impacto sobre a oferta global”, disse Van Cleef, que projetou que o Brent atingirá US$ 70 no ano que vem.

Quando o mercado perceber que não há um excesso de oferta e que a escassez é iminente, “isso deverá dar um enorme impulso aos preços do petróleo”, disse ele.

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