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Petróleo fecha em queda em NY com alta do dólar

Apesar de pressionada pelo dólar, a commodity teve suporte do superávit comercial da China e o recuo do déficit comercial dos EUA

Petróleo: o contrato da commodity com entrega para março registrou desvalorização de 0,12 por cento nesta sexta-feira (Divulgação/Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 18h15.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta sexta-feira, encerrando a semana com perdas substanciais. A commodity foi pressionada pela alta do dólar, mas recebeu certo suporte de dados positivos sobre a economia dos EUA e também da China.

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para março, perdeu US$ 0,11 (0,12%), fechando a US$ 95,72 o barril. Na semana, houve queda de 2,10%. Já na plataforma eletrônica ICE o barril de petróleo do tipo Brent para março avançou US$ 1,66 (1,42%) e fechou a US$ 118,90, o maior nível em nove meses. Na resultado acumulado da semana houve alta de 1,83%.

A China, que nesta sábado inicia o feriado do Ano Novo Lunar e cujos mercados só voltarão a operar no próximo dia 18, teve superávit comercial de US$ 29,2 bilhões em janeiro, menor que o saldo positivo de US$ 31,6 bilhões verificado em dezembro, mas acima dos US$ 26,6 bilhões projetados por analistas. Além disso, as exportações chinesas deram um salto de 25% no mês passado, enquanto as importações subiram 29%, ambos resultados bem superiores aos de dezembro.

O dado de inflação ao consumidor da China também foi bem recebido, com a taxa anual desacelerando para 2% em janeiro, de 2,5% no mês anterior, em linha com a previsão de economistas.

Já nos EUA, o déficit comercial recuou 21% em dezembro ante o mês anterior - a maior queda em quase quatro anos -, para US$ 38,5 bilhões, quando a previsão era de US$ 45,5 bilhões. Na Alemanha, as exportações em 2012 subiram 3,4%, atingindo o nível recorde 1,097 trilhão de euros.


Mas o petróleo negociado em Nova York foi pressionado pela alta do dólar. Como é denominada na moeda norte-americana, a commodity se torna mais cara para compradores que usam outras divisas quando o dólar se fortalece. "O WTI foi pressionado pelo sentimento altista em relação ao Brent e pela queda do euro", comenta Matt Smith, analista de commodities da Schneider Electric.

Segundo o Goldman Sachs, a alta recente do Brent é alimentada pela melhora da demanda, em vez de choques de oferta. "Desta vez, tem menos a ver com a oferta", diz o banco. "Nós acreditamos que o rali recente do Brent foi causado por fundamentos melhores na Europa e não por um prêmio de risco maior no mercado."

Mas a questão da oferta também interfere. Outro fator positivo para o Brent hoje foi a explosão de um oleoduto no Iêmen. Segundo uma autoridade do setor de segurança e testemunhas locais, rebeldes atacaram o oleoduto de 320 km que leva petróleo dos campos de Safer, na província de Marib, para um terminal de exportação no Mar Vermelho. A linha tem capacidade de transportar 180 mil barris de petróleo por dia.

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Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta sexta-feira, encerrando a semana com perdas substanciais. A commodity foi pressionada pela alta do dólar, mas recebeu certo suporte de dados positivos sobre a economia dos EUA e também da China.

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para março, perdeu US$ 0,11 (0,12%), fechando a US$ 95,72 o barril. Na semana, houve queda de 2,10%. Já na plataforma eletrônica ICE o barril de petróleo do tipo Brent para março avançou US$ 1,66 (1,42%) e fechou a US$ 118,90, o maior nível em nove meses. Na resultado acumulado da semana houve alta de 1,83%.

A China, que nesta sábado inicia o feriado do Ano Novo Lunar e cujos mercados só voltarão a operar no próximo dia 18, teve superávit comercial de US$ 29,2 bilhões em janeiro, menor que o saldo positivo de US$ 31,6 bilhões verificado em dezembro, mas acima dos US$ 26,6 bilhões projetados por analistas. Além disso, as exportações chinesas deram um salto de 25% no mês passado, enquanto as importações subiram 29%, ambos resultados bem superiores aos de dezembro.

O dado de inflação ao consumidor da China também foi bem recebido, com a taxa anual desacelerando para 2% em janeiro, de 2,5% no mês anterior, em linha com a previsão de economistas.

Já nos EUA, o déficit comercial recuou 21% em dezembro ante o mês anterior - a maior queda em quase quatro anos -, para US$ 38,5 bilhões, quando a previsão era de US$ 45,5 bilhões. Na Alemanha, as exportações em 2012 subiram 3,4%, atingindo o nível recorde 1,097 trilhão de euros.


Mas o petróleo negociado em Nova York foi pressionado pela alta do dólar. Como é denominada na moeda norte-americana, a commodity se torna mais cara para compradores que usam outras divisas quando o dólar se fortalece. "O WTI foi pressionado pelo sentimento altista em relação ao Brent e pela queda do euro", comenta Matt Smith, analista de commodities da Schneider Electric.

Segundo o Goldman Sachs, a alta recente do Brent é alimentada pela melhora da demanda, em vez de choques de oferta. "Desta vez, tem menos a ver com a oferta", diz o banco. "Nós acreditamos que o rali recente do Brent foi causado por fundamentos melhores na Europa e não por um prêmio de risco maior no mercado."

Mas a questão da oferta também interfere. Outro fator positivo para o Brent hoje foi a explosão de um oleoduto no Iêmen. Segundo uma autoridade do setor de segurança e testemunhas locais, rebeldes atacaram o oleoduto de 320 km que leva petróleo dos campos de Safer, na província de Marib, para um terminal de exportação no Mar Vermelho. A linha tem capacidade de transportar 180 mil barris de petróleo por dia.

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