Petróleo fecha em queda com receios sobre demanda
Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda. Os receios sobre a demanda pela commodity e combustíveis derivados superaram a queda do dólar, que normalmente beneficia o petróleo. Os contratos futuros de petróleo com entrega para novembro fecharam em queda de US$ 0,34 (0,44%), a US$ 76,18 o barril […]
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2010 às 14h23.
Por Álvaro Campos
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda. Os receios sobre a demanda pela commodity e combustíveis derivados superaram a queda do dólar, que normalmente beneficia o petróleo.
Os contratos futuros de petróleo com entrega para novembro fecharam em queda de US$ 0,34 (0,44%), a US$ 76,18 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent com entrega para novembro fechou em alta de US$ 0,14 (0,18%), a US$ 78,71 o barril.
Os futuros de petróleo ficaram no campo positivo durante boa parte da sessão, impulsionados pela queda do dólar, que torna a commodity mais barata para compradores que usam outras moedas. O índice ICE Dollar, que monitora a moeda norte-americana ante uma cesta de moedas, chegou a atingir a mínima intraday de 78,946, o menor nível desde fevereiro.
Mas o petróleo foi prejudicado por uma queda no índice de confiança do consumidor norte-americano medido pelo Conference Board, que recuou para 48,5 em setembro, de 53,2 em agosto. A previsão dos economistas era de que o índice ficaria em 52.
Além disso, o petróleo foi pressionado por uma redução na demanda por gasolina. O consumo do combustível caiu para 8,978 milhões de barris por dia (-0,3%) na semana encerrada no dia 24, atingindo o menor nível em quatro anos, de acordo com o relatório SpendingPulse, da MaterCard Advisors LLC, uma divisão da MasterCard. Hoje os contratos de gasolina reformulada (RBOB) com vencimento mais próximo, para outubro, fecharam com queda de US$ 0,0009, a US$ 1,9479 o galão.
Níveis técnicos de resistência mantiveram o petróleo preso em uma faixa ainda mais estreita de negociação hoje. Os preços ficaram entre as médias móveis de 100 e 200 dias, de US$ 75,36 e US$ 77,45, respectivamente.
"Os altos níveis dos estoques tornam difícil manter uma alta", disse Antoine Halff, analista da Newedge Group. "Toda vez que nós tentamos fazer o petróleo cair para muito abaixo de US$ 75, as expectativas de crescimento econômico dão certo suporte ao mercado, e quando nós pressionamos para elevar os preços em direção aos US$ 78, os altos estoques parecem impedir o rali", acrescentou Gene McGillian, corretor e analista da Tradition Energy. "Nós vemos um valor justo perto dos US$ 75".
Os estoques de petróleo e derivados nos EUA permanecem próximos da máxima de 27 anos, e os dados semanais do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) devem mostrar uma alteração pequena amanhã. Os estoques de petróleo bruto devem ter uma redução de 300 mil barris, segundo uma pesquisa da Dow Jones com analistas. Os estoques de gasolina devem registrar aumento de 600 mil barris. Os estoques de destilados, categoria que inclui óleo para aquecimento e diesel, devem ter uma elevação de 200 mil barris. As informações são da Dow Jones.