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Petróleo fecha em alta de 0,94% a US$ 84,69 o barril

Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta. A commodity manteve os ganhos acumulados mais cedo na sessão após a decisão do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês) de adotar medidas para estimular a economia. Hoje o Departamento de Energia (DoE) dos EUA […]

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 17h17.

Por Álvaro Campos

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta. A commodity manteve os ganhos acumulados mais cedo na sessão após a decisão do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês) de adotar medidas para estimular a economia. Hoje o Departamento de Energia (DoE) dos EUA divulgou uma queda maior do que a esperada nos estoques de petróleo.

Os contratos de petróleo com entrega para dezembro negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) fecharam com ganho de US$ 0,79 (0,94%), a US$ 84,69 o barril, após atingirem o maior nível em seis meses durante a sessão, a US$ 86,38. O contrato já subiu 4% na semana. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent com entrega para dezembro subiu US$ 0,97 (1,14%), a US$ 86,38 o barril.

O Fed revelou hoje um novo plano para comprar títulos do Tesouro dos EUA em um esforço para ajudar a economia norte-americana. Depois de dois dias de discussões, o banco central disse que vai adquirir US$ 600 bilhões em dívidas do governo nos próximos oito meses.

Embora o tamanho do programa tenha sido um pouco maior do que o previsto pela maioria dos analistas (US$ 500 bilhões), a decisão tinha sido antecipada pelos mercados financeiros há semanas. "Eles anunciaram algo dentro do que as pessoas esperavam", disse Matt Smith, analista da Summit Energy. "Isso é levemente positivo para o petróleo, pois é moderadamente negativo para o dólar", acrescentou.

Os preços do petróleo já subiram mais de 17% desde o fim de agosto, com os investidores apostando que a decisão do Fed ajudaria a impulsionar o crescimento econômico. As expectativas sobre as compras de Treasuries pelo Fed também pressionaram o dólar, o que ajudou o petróleo a subir acima de US$ 80 o barril nas últimas semanas, com os investidores procurando por ativos tangíveis, como as commodities.

"Enquanto nós nos importamos com os dados dos estoques de uma semana, esse não é o cenário principal", disse Tim Evans, da Citi Futures Perspective, ressaltando que a oscilação do dólar é um dos principais fatores que está guiando os preços do petróleo atualmente. Após a decisão do Fed, o índice ICE Dollar, que monitora a cotação da moeda norte-americana ante uma cesta de moedas, registrava queda de 0,2% e o euro subia 0,71%, a US$ 1,4120.

Durante a sessão hoje, o petróleo subiu para o maior nível desde maio, logo após o DoE mostrar uma queda de 2,689 milhões de barris nos estoques de gasolina e de 3,568 milhões de barris nos estoques de destilados, categoria que inclui óleo para aquecimento e diesel.

Os estoques de petróleo bruto, no entanto, tiveram um aumento de 1,95 milhão de barris. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma queda de 400 mil barris nos estoques de gasolina e de 1 milhão de barris nos de destilados. Previa-se que os estoques de petróleo bruto avançassem 800 mil barris.

Os dados ajudaram a impulsionar os contratos futuros de gasolina e óleo para aquecimento. Os contratos de gasolina reformulada (RBOB) com entrega para dezembro subiram US$ 0,0284 (1,35%), fechando a US$ 2,1380 o galão. Os contratos de óleo para aquecimento para dezembro avançaram US$ 0,0343 (1,49%), a US$ 2,3279 o galão. As informações são da Dow Jones.

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