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Petróleo fecha em alta com parada de refinaria nos EUA

Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo se recuperaram hoje. A commodity foi auxiliada por um aumento nos preços de combustíveis, com o fechamento de uma importante refinaria nos EUA. Esse fator se sobrepôs aos receios sobre a frágil economia global. Os contratos de petróleo com entrega para novembro fecharam em […]

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2010 às 14h43.

Por Álvaro Campos

Nova York - Os contratos futuros de petróleo se recuperaram hoje. A commodity foi auxiliada por um aumento nos preços de combustíveis, com o fechamento de uma importante refinaria nos EUA. Esse fator se sobrepôs aos receios sobre a frágil economia global.

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Os contratos de petróleo com entrega para novembro fecharam em alta de US$ 0,47 (0,63%), a US$ 75,18 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent avançou US$ 0,16 (0,21%) e fechou a US$ 78,11 o barril.

Os preços do petróleo foram impulsionados por um aumento na gasolina e no óleo para aquecimento. A ConocoPhillips disse que recentemente interrompeu o processamento de petróleo bruto na sua refinaria em Linden (Nova Jersey) para instalar novos equipamentos. A refinaria, com capacidade de 238 mil barris por dia, deve retomar a produção por volta do dia 4 de novembro. "Isso ajudou o mercado de gasolina", disse Andy Lebow, analista da MF Global. Ele acrescentou, entretanto, que o mercado permanece em uma faixa de negociação estreita e ainda espera por direção.

O contrato de gasolina reformulada (RBOB) com vencimento mais próximo, para outubro, subiu com a notícia do fechamento da refinaria, ganhando US$ 0,0160 (0,84%), e fechando a US$ 1,9174 por galão. Durante a sessão, o contrato atingiu a mínima de US$ 1,9030. O contrato de óleo para aquecimento com vencimento em outubro fechou com ganho de US$ 0,0075 (0,36%), a US$ 2,1145 o galão.

O fechamento da refinaria acontece em um período em que há excesso de petróleo nos EUA. Os estoques comerciais de petróleo e derivados atingiram o maior nível em 27 anos este mês, e dados semanais do Departamento de Energia (DoE) mostraram ontem uma alta inesperada nos estoques.

Receios de que a demanda por petróleo seja prejudicada pela frágil situação da economia global continuam a impor um teto para os preços da commodity. Para Mark Waggoner, presidente da Excel Futures, a interrupção da refinaria da Conoco pode ter contribuído para os ganhos do petróleo hoje, mas o mercado continua a apontar para mais quedas no futuro. "No momento, a demanda está caindo e os estoques são abundantes, e é isso que me leva a acreditar que o petróleo deve cair".

Hoje, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 18 de setembro subiu 12 mil, para 465 mil. Economistas esperavam um aumento de apenas 3 mil. Por outro lado, as vendas de imóveis residenciais usados cresceram 7,6% em agosto, para uma taxa anual de 4,13 milhões de unidades. "Em geral, as pessoas estão recebendo indicadores muito divergentes sobre a economia, nos EUA ou na zona do euro", disse Matt Zeman, estrategista-chefe de mercado da LaSalle Futures. "Ninguém tem muita certeza de para onde estamos indo." As informações são da Dow Jones.

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