Petróleo fecha em alta com acordo da Opep
O cumprimento do acordo da Opep teria aumentado de 86% em julho para 96% em agosto, fazendo a produção do grupo cair 300 mil barris por dia neste mês
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de agosto de 2017 às 17h36.
Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 17h48.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira, 31, em meio a relatos envolvendo o acordo de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) e os desdobramentos da depressão tropical Harvey nos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 2,76%, a US$ 47,23 por barril, enquanto o barril do petróleo tipo Brent para novembro avançou 4,20%, a US$ 52,86.
O contrato do Brent para outubro, que venceu hoje, fechou em alta de 2,99%, a US$ 52,38 por barril. No mês de agosto, o petróleo WTI caiu 5,86% e o Brent subiu 0,27%.
Durante a manhã, a consultoria JBC Energy informou, de acordo com relatos do mercado, que o cumprimento do acordo da Opep teria aumentado de 86% em julho para 96% em agosto, fazendo a produção do grupo cair 300 mil barris por dia neste mês, para 32,6 milhões de barris por dia.
Também nesta quinta-feira, a agência russa Interfax apontou que a produção de petróleo da Rússia caiu quase 40 mil barris por dia em agosto, mais do que o planejado para o mês, para 10,911 milhões de barris por dia.
No fim do ano passado, a Opep uniu esforços com 11 países de fora do bloco para acabar com o excesso de oferta que tem pressionado os preços nos últimos anos.
Até agora, porém, a iniciativa não resultou no impulso almejado pelo cartel, em parte devido ao aumento na produção de xisto nos Estados Unidos.
O acordo ainda foi minado pelo nível relativamente baixo de cumprimento da iniciativa por alguns produtores.
A Harvey, que foi rebaixada para depressão tropical na noite de quarta-feira, continuou a influenciar os negócios de petróleo.
De acordo com fontes, a refinaria Port Arthur, no Texas, pode ficar fechada por duas semanas, aumentando as interrupções no fornecimento de petróleo.
O oleoduto de Colonial também teria contribuído, ao comentar que a principal ilha de distribuição de gasolina da costa do Golfo para o nordeste dos Estados Unidos poderia ficar fechada nesta quinta-feira.
Fonte: Dow Jones Newswires