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Petróleo cai e derivados sobem com furacão nos EUA

Contratos operam em alta enquanto o furacão Sandy força refinarias a cortarem a produção de combustível na Costa Leste dos EUA


	Plataforma de petróleo: volumes de negócios no mercado futuro de petróleo estão menores do que o normal por causa do Furacão Sandy
 (Kjetil Alsvik/AFP)

Plataforma de petróleo: volumes de negócios no mercado futuro de petróleo estão menores do que o normal por causa do Furacão Sandy (Kjetil Alsvik/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 08h56.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa e os contratos futuros de produtos refinados operam em alta enquanto o furacão Sandy força refinarias a cortarem a produção de combustível na Costa Leste dos EUA.

O CME Group, que opera a Nymex, afirmou que os negócios físicos estarão fechados nesta segunda-feira, embora as transações eletrônicas devam permanecer abertas. "A cidade de Nova York emitiu uma ordem de esvaziamento obrigatório da Zona A, que inclui a sede da Nymex World, do CME Group, e o local de negociação física de Nova York", disse o CEM em um comunicado.

Os volumes de negócios no mercado futuro de petróleo estão menores do que o normal em consequência dos preparativos para a chegada do furacão, segundo Ole Hansen, estrategista de commodities do Saxo Bank. Em razão da tempestade, os preços dos produtos refinados "estão fortemente mais altos e podem subir ainda mais durante os próximos dias", comentou Dennis Gartman, editor da Gartman Letter.

Cerca de 6,5% da capacidade de refino dos EUA está suspensa, de acordo com o Departamento de Energia do país. Por volta das 8h (de Brasília), o contrato de gasolina para novembro negociado na Nymex avançava 0,9%, para US$ 2,7226 por galão.

"O problema é que os EUA já estão terrivelmente sem capacidade de refino na Costa Leste e as refinarias têm pouco ou nenhum estoque de produtos em mãos, embora o petróleo bruto esteja chegando para elas", destacou Gartman.

Analistas da JBC Energy observaram que o furacão pode incentivar os investidores a aumentarem suas apostas no aumento dos preços dos produtos. Mas "a menor atividade econômica em razão de problemas provocados pelo furacão também poderá reduzir a demanda por derivados, especialmente o diesel", acrescentaram.

Depois que o furacão passar e caso não haja impacto significativo na infraestrutura, no final da semana os mercados de petróleo vão se concentrar nos dados mensais sobre o mercado de trabalho dos EUA em busca de sinais sobre a economia do segundo país que mais consome petróleo no mundo.

Às 8h40 (de Brasília), o petróleo para dezembro tinha queda de 0,81% na Nymex, para US$ 85,58 por barril, enquanto o brent para dezembro caía 0,48% na ICE, para US$ 109,02 por barril. As informações são da Dow Jones.

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