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Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2010 às 14h22.
Por Ricardo Gozzi
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira em meio às preocupações com o lento ritmo da recuperação econômica dos Estados Unidos e dos potenciais danos que isto pode causar à demanda pela commodity.
Os contratos para entrega em outubro fecharam em queda de US$ 1,34, ou 1,79%, a US$ 73,52 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Como o contrato de outubro expirou no fechamento de hoje, o volume dos negócios já migrou para o contrato de novembro, que fechou em queda de US$ 1,22, ou 1,61%, a US$ 74,97 por barril. No mercado eletrônico ICE, o contrato futuro do Brent caiu US$ 0,90%, ou 1,24%, fechando em US$ 78,42 por barril.
A queda do petróleo acentuou-se depois de o Federal Reserve (Fed, banco central americano) ter sugerido desconforto com as perspectivas para a economia dos EUA em 2011, com autoridades do banco central norte-americano à espera de que a saída da recessão seja modesta no curto prazo.
A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed de manter a taxa de juro extremamente baixa por um período prolongado alimentou algum otimismo nos mercados de ações, mas a preocupação com o lento crescimento da economia e com uma consequente fraca demanda por petróleo fez com que os futuros da commodity se descolassem de outras classes de ativos que se correlacionaram com os preços do petróleo nos últimos meses.
O petróleo caiu apesar da queda do dólar ante o euro a seu nível mais baixo em mais de um mês. O dólar fraco costuma ajudar o petróleo a subir por tornar a commodity mais barata a detentores de outras moedas. Apesar de a recessão nos EUA ter terminado oficialmente em junho de 2009 (segundo declaração feita ontem por economistas do governo), a lenta recuperação do crescimento e a elevação do desemprego continuam a pesar sobre os mercados, inclusive o de petróleo.
Os elevados estoques estratégicos de petróleo dos EUA também levam muitos investidores a temerem um sustentado excesso de oferta, especialmente em um momento no qual a fraca demanda impede o consumo desses estoques. As informações são da Dow Jones.