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Petróleo Brent sobe a US$ 103,08 com tensão política

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), pressionados pelo amplo volume de estoques da commodity em Cushing, ponto de entrega física dos barris negociados naquela plataforma. Na ICE, no entanto, os preços dos contratos futuros do petróleo tipo Brent […]

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 18h41.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), pressionados pelo amplo volume de estoques da commodity em Cushing, ponto de entrega física dos barris negociados naquela plataforma. Na ICE, no entanto, os preços dos contratos futuros do petróleo tipo Brent fecharam em alta, impulsionados pela expectativa de um aumento na tensão política em países produtores do Norte da África e do Oriente Médio.

Na Nymex, o preço do contrato do petróleo para março caiu US$ 0,77, ou 0,90%, para US$ 84,81 por barril. Na ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para abril subiu US$ 2,14, ou 2,12%, para US$ 103,08 por barril. A diferença de preço entre os dois contratos, ou spread, superou US$ 18 e é a maior já registrada.

Segundo operadores, o contrato do petróleo tipo Brent - que serve de referência para o preço da commodity na Europa e na Ásia - está sendo impulsionado pelas manifestações populares contra os governos de países árabes. Qualquer interrupção na produção de petróleo desses países seria sentida primeiro nos contratos do Brent e depois nos de petróleo WTI - variedade negociada na Nymex.

"Estamos vendo os receios crescerem hoje no Bahrein, na Argélia, possivelmente no Irã, no Iêmen - estamos falando de toda a área", disse Phil Flynn, analista de petróleo da PFG Best. "Quanto maior o risco no Oriente Médio, mais alto pode ser o preço do Brent ante o WTI."

No final de janeiro, os preços do petróleo começaram a subir frente às manifestações contra o governo do Egito. Investidores temiam que os protestos pudessem interromper o tráfego de petroleiros no Canal de Suez e o transporte de combustíveis pelo duto de Sumed. Na sexta-feira, o presidente do país até então, Hosni Mubarak, renunciou ao cargo e, até o momento, as duas estruturas continuam funcionando sem interrupção.

A demanda por reformas políticas, no entanto, se espalhou para países próximos, resultando em manifestações violentas em algumas áreas, entre elas o Irã. Hoje, milhares de iranianos reuniram-se na capital do país para apoiar os protestos ocorridos no Egito, mas a passeata acabou se transformando num confronto com a polícia.

O Irã é o quarto maior exportador mundial de petróleo e produziu 4,1 milhões de barris por dia da commodity em 2008, segundo dados da Agência Internacional de Energia. As informações são da Dow Jones.

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