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Petrobras amortece queda do índice Bovespa; EUA preocupam

São Paulo - O principal índice das ações domésticas recuava nos primeiros negócios desta segunda-feira, com investidores atentos à cautela no cenário externo por causa das incertezas com a dívida dos Estados Unidos e na Europa. Às 11h18, o Ibovespa recuava 0,2 por cento, para 60.148 pontos. O volume financeiro da bolsa era de 1 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 11h29.

São Paulo - O principal índice das ações domésticas recuava nos primeiros negócios desta segunda-feira, com investidores atentos à cautela no cenário externo por causa das incertezas com a dívida dos Estados Unidos e na Europa.

Às 11h18, o Ibovespa recuava 0,2 por cento, para 60.148 pontos. O volume financeiro da bolsa era de 1 bilhão de reais.

A queda só não era maior por conta da valorização de 2,31 por cento das ações preferenciais da Petrobras , cotadas a 23,50 reais, correspondendo ao maior volume do índice.

Na sexta-feira, empresa lançou um novo plano de investimentos de 224,7 bilhões de dólares para os próximos 5 anos que busca elevar a rentabilidade. O plano foi feito sob medida para agradar investidores e o governo.

Os estrategistas do Deutsche Bank consideraram que o plano revelou melhoras nas estratégia da empresa, mas ponderam que ele não elimina os desafios à frente.

"Numa primeira avaliação, o plano mostra mais disciplina financeira, com foco na geração de fluxo de caixa e aumento no retorno. Contudo, estamos desapontados com o fato de que a área de refino tenha continuado inalterada e a geração de fluxo de caixa estimada tenha sido cortada em 19 por cento, apesar das metas de produção mais elevadas", afirmaram em relatório.

"Reiteramos nossa recomendação 'manter' para a ação, apesar do fraco desempenho da ação, conforme esperamos alguma clareza sobre o plano." Os papéis ordinários da estatal avançavam 2,35 por cento, a 26,10 reais, na maior alta percentual do índice.

De acordo com o plano, a Petrobras mostrou que reduziu os gastos com refino, segmento com margem apertada de lucro, e aumentou os investimentos em exploração e produção. De outro, manteve o valor próximo ao plano anterior, reduzindo a necessidade de aumento no preço de seus principais produtos, gasolina e diesel, que vem impactando a inflação.

A alta dos papéis da petrolífera, contudo, não era suficiente para levar o Ibovespa ao azul. O mercado como um todo seguia repercutindo o mau humor externo, em meio a temores de que o fracasso numa negociação de dívida nos Estados Unidos provoque uma nova crise global.

Faltando pouco mais de uma semana para o prazo final para um acordo --2 de agosto--, o Congresso do país ainda está fortemente dividido sobre um plano orçamentário, e parece improvável que os projetos consigam amplo apoio no momento.

A Europa também seguia no radar. Os esforços para evitar o agravamento da crise de dívida sofreram mais uma revés nesta segunda-feira, depois que a Moody's reduziu a nota de dívida da Grécia em três graus, para "Ca", apenas um grau acima do default. A agência justificou que um novo pacote de resgate é um precedente negativo para os credores de outros países endividados.

Um dos destaques negativos na bolsa brasileira era o setor imobiliário, em baixa de 0,88 por cento. Operadores citavam algum ajuste no segmento após a alta da semana passada devido a perspectivas de interrupção no ciclo de aperto monetário, o que é benéfico para as companhias.

MRV Engenharia cedia 1,30 por cento, a 12,15 reais; Gafisa recuava 1,43 por cento, a 7,60 reais, enquanto PDG Realty tinha desvalorização de 1,26 por cento, para 8,59 reais.

São Paulo - O principal índice das ações domésticas recuava nos primeiros negócios desta segunda-feira, com investidores atentos à cautela no cenário externo por causa das incertezas com a dívida dos Estados Unidos e na Europa.

Às 11h18, o Ibovespa recuava 0,2 por cento, para 60.148 pontos. O volume financeiro da bolsa era de 1 bilhão de reais.

A queda só não era maior por conta da valorização de 2,31 por cento das ações preferenciais da Petrobras , cotadas a 23,50 reais, correspondendo ao maior volume do índice.

Na sexta-feira, empresa lançou um novo plano de investimentos de 224,7 bilhões de dólares para os próximos 5 anos que busca elevar a rentabilidade. O plano foi feito sob medida para agradar investidores e o governo.

Os estrategistas do Deutsche Bank consideraram que o plano revelou melhoras nas estratégia da empresa, mas ponderam que ele não elimina os desafios à frente.

"Numa primeira avaliação, o plano mostra mais disciplina financeira, com foco na geração de fluxo de caixa e aumento no retorno. Contudo, estamos desapontados com o fato de que a área de refino tenha continuado inalterada e a geração de fluxo de caixa estimada tenha sido cortada em 19 por cento, apesar das metas de produção mais elevadas", afirmaram em relatório.

"Reiteramos nossa recomendação 'manter' para a ação, apesar do fraco desempenho da ação, conforme esperamos alguma clareza sobre o plano." Os papéis ordinários da estatal avançavam 2,35 por cento, a 26,10 reais, na maior alta percentual do índice.

De acordo com o plano, a Petrobras mostrou que reduziu os gastos com refino, segmento com margem apertada de lucro, e aumentou os investimentos em exploração e produção. De outro, manteve o valor próximo ao plano anterior, reduzindo a necessidade de aumento no preço de seus principais produtos, gasolina e diesel, que vem impactando a inflação.

A alta dos papéis da petrolífera, contudo, não era suficiente para levar o Ibovespa ao azul. O mercado como um todo seguia repercutindo o mau humor externo, em meio a temores de que o fracasso numa negociação de dívida nos Estados Unidos provoque uma nova crise global.

Faltando pouco mais de uma semana para o prazo final para um acordo --2 de agosto--, o Congresso do país ainda está fortemente dividido sobre um plano orçamentário, e parece improvável que os projetos consigam amplo apoio no momento.

A Europa também seguia no radar. Os esforços para evitar o agravamento da crise de dívida sofreram mais uma revés nesta segunda-feira, depois que a Moody's reduziu a nota de dívida da Grécia em três graus, para "Ca", apenas um grau acima do default. A agência justificou que um novo pacote de resgate é um precedente negativo para os credores de outros países endividados.

Um dos destaques negativos na bolsa brasileira era o setor imobiliário, em baixa de 0,88 por cento. Operadores citavam algum ajuste no segmento após a alta da semana passada devido a perspectivas de interrupção no ciclo de aperto monetário, o que é benéfico para as companhias.

MRV Engenharia cedia 1,30 por cento, a 12,15 reais; Gafisa recuava 1,43 por cento, a 7,60 reais, enquanto PDG Realty tinha desvalorização de 1,26 por cento, para 8,59 reais.

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