Para Soros, sem autoridade econômica europeia mercado sempre desafiará o euro
Segundo o investidor, o Banco Central Europeu se limita a resolver os problemas de liquidez sem enfrentar as questões de solvência dos Estados
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 12h52.
Paris - O mercado continuará pensando que "pode ganhar" contra a moeda única europeia se não for instaurada uma autoridade orçamentária e fiscal para a zona euro, afirmou o bilionário especulador americano Georges Soros em uma entrevista ao jornal Le Monde.
"A zona euro, tal como está construída, não tem autoridade orçamentária e fiscal. Enquanto esta autoridade não existir, o mercado pensará que pode ganhar", declarou Soros.
"Tem diante dele o BCE (Banco Central Europeu). Mas seu poder se limita a resolver os problemas de liquidez para tornar fluído os mercados sem enfrentar os problemas de solvência dos Estados", completou o investidor, para quem os eurobônus são "a última solução".
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentaram na terça-feira a proposta de formação de um governo econômico para os 17 países membros da zona do euro. Mas consideraram que a integração europeia ainda não está bastante avançada para permitir a criação do eurobônus, destinados a substituir os bônus do Tesouro emitidos pelos Estados membros.
Paris - O mercado continuará pensando que "pode ganhar" contra a moeda única europeia se não for instaurada uma autoridade orçamentária e fiscal para a zona euro, afirmou o bilionário especulador americano Georges Soros em uma entrevista ao jornal Le Monde.
"A zona euro, tal como está construída, não tem autoridade orçamentária e fiscal. Enquanto esta autoridade não existir, o mercado pensará que pode ganhar", declarou Soros.
"Tem diante dele o BCE (Banco Central Europeu). Mas seu poder se limita a resolver os problemas de liquidez para tornar fluído os mercados sem enfrentar os problemas de solvência dos Estados", completou o investidor, para quem os eurobônus são "a última solução".
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentaram na terça-feira a proposta de formação de um governo econômico para os 17 países membros da zona do euro. Mas consideraram que a integração europeia ainda não está bastante avançada para permitir a criação do eurobônus, destinados a substituir os bônus do Tesouro emitidos pelos Estados membros.