Pão de Açúcar dispara com volume 6 vezes maior que ação da Vale
Papéis atingiram a máxima de 12,1%; mercado aposta na concretização da operação
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 12h15.
São Paulo – As ações do Pão de Açúcar ( PCAR4 ) disparam pelo segundo dia consecutivo na BM&FBovespa. Na máxima do pregão desta quarta-feira (29), os papéis da varejista alcançaram uma valorização de 12,1%, negociadas a 82,11 reais. Na sessão de ontem, as ações já tinham avançado 12,64%.
O volume financeiro girado pela empresa hoje na bolsa chega a superar o da Vale (VALE5), segundo maior do dia, em 6 vezes. Às 11h50, os 10.830 negócios correspondiam a um giro de 715 milhões de reais.
A reação do mercado ocorre após a Gama, empresa formada pelo BTG Pactual e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ter feito uma proposta de união do Pão de Açúcar com as lojas do Carrefour no Brasil. Parte do mercado avalia que a presença do BNDES na operação ajuda a garantir a concretização do negócio.
Os acionistas irão receber 0,95% de cada ação ordinária da Gama por preferenciais do Pão de Açúcar (PCAR4). A relação para os papéis ordinários ( PCAR3 ), de baixa liquidez, é de um para um. A razão da troca resulta em um valor de 17,1 bilhões de reais para o Pão de Açúcar, ou o equivalente a 66 reais por ação preferencial.
O analista Felipe Miranda, da Empiricus Research, encerrou a recomendação para as ações do Pão de Açúcar. Segundo ele, a forte alta das ações “pareceu levar às cotações a certeza da concretização do negócio”. Miranda explica que a operação ainda reserva sobreposições e a materialização do acordo sob os moldes atuais surge como “pouco provável”.
Para a analista Julia Monteiro, da Ativa Corretora, o anúncio pode ser negativo no curto prazo devido às incertezas da aprovação do outro sócio controlador, o grupo Casino, o que pode trazer volatilidade às ações. “Julgamos, entretanto, que no longo prazo a fusão poderá ser positiva, gerando sinergias e criando assim a maior varejista do Brasil”, destaca. Contratada pela Gama, a consultoria Tendências estimou as sinergias e melhorias de gestão em 1,6 bilhão de reais ao ano.
“A questão de o Casino desconhecer a proposta e estar com um processo de arbitragem contra a família Diniz traz riscos à aprovação da fusão. No entanto, ressaltamos que a união do Pão de Açúcar com as operações brasileiras do Carrefour seria positiva, dado as elevadas sinergias que poderiam ser capturadas”, afirma Marcos Mattos, analista da Ágora Corretora.
Reunião
O Casino solicitou ontem a convocação imediata de uma reunião do Conselho de Administração para discutir os termos da proposta. Mais cedo, o grupo francês disse que lamentava profundamente a iniciativa de Abílio Diniz a dar curso a “negociações secretas e ilegais” com o Carrefour.
São Paulo – As ações do Pão de Açúcar ( PCAR4 ) disparam pelo segundo dia consecutivo na BM&FBovespa. Na máxima do pregão desta quarta-feira (29), os papéis da varejista alcançaram uma valorização de 12,1%, negociadas a 82,11 reais. Na sessão de ontem, as ações já tinham avançado 12,64%.
O volume financeiro girado pela empresa hoje na bolsa chega a superar o da Vale (VALE5), segundo maior do dia, em 6 vezes. Às 11h50, os 10.830 negócios correspondiam a um giro de 715 milhões de reais.
A reação do mercado ocorre após a Gama, empresa formada pelo BTG Pactual e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ter feito uma proposta de união do Pão de Açúcar com as lojas do Carrefour no Brasil. Parte do mercado avalia que a presença do BNDES na operação ajuda a garantir a concretização do negócio.
Os acionistas irão receber 0,95% de cada ação ordinária da Gama por preferenciais do Pão de Açúcar (PCAR4). A relação para os papéis ordinários ( PCAR3 ), de baixa liquidez, é de um para um. A razão da troca resulta em um valor de 17,1 bilhões de reais para o Pão de Açúcar, ou o equivalente a 66 reais por ação preferencial.
O analista Felipe Miranda, da Empiricus Research, encerrou a recomendação para as ações do Pão de Açúcar. Segundo ele, a forte alta das ações “pareceu levar às cotações a certeza da concretização do negócio”. Miranda explica que a operação ainda reserva sobreposições e a materialização do acordo sob os moldes atuais surge como “pouco provável”.
Para a analista Julia Monteiro, da Ativa Corretora, o anúncio pode ser negativo no curto prazo devido às incertezas da aprovação do outro sócio controlador, o grupo Casino, o que pode trazer volatilidade às ações. “Julgamos, entretanto, que no longo prazo a fusão poderá ser positiva, gerando sinergias e criando assim a maior varejista do Brasil”, destaca. Contratada pela Gama, a consultoria Tendências estimou as sinergias e melhorias de gestão em 1,6 bilhão de reais ao ano.
“A questão de o Casino desconhecer a proposta e estar com um processo de arbitragem contra a família Diniz traz riscos à aprovação da fusão. No entanto, ressaltamos que a união do Pão de Açúcar com as operações brasileiras do Carrefour seria positiva, dado as elevadas sinergias que poderiam ser capturadas”, afirma Marcos Mattos, analista da Ágora Corretora.
Reunião
O Casino solicitou ontem a convocação imediata de uma reunião do Conselho de Administração para discutir os termos da proposta. Mais cedo, o grupo francês disse que lamentava profundamente a iniciativa de Abílio Diniz a dar curso a “negociações secretas e ilegais” com o Carrefour.