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PANORAMA3-Volatilidade dá o tom em dia de alta do dólar

SÃO PAULO, 4 de janeiro (Reuters) - As praças financeiras globais mostraram volatilidade nesta terça-feira, em dia de dados positivos nos Estados Unidos favorecendo a alta do dólar em nível global, o que golpeou os preços das commodities. O mau desempenho do petróleo levou as ações da Petrobras para baixo, mas a boa performance da […]

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 17h41.

SÃO PAULO, 4 de janeiro (Reuters) - As praças financeiras
globais mostraram volatilidade nesta terça-feira, em dia de
dados positivos nos Estados Unidos favorecendo a alta do dólar
em nível global, o que golpeou os preços das commodities.

O mau desempenho do petróleo levou as ações da Petrobras
para baixo, mas a boa performance da Vale
manteve o Ibovespa no azul, acima dos 70 mil pontos pela
primeira vez desde novembro. O dólar também subiu, reagindo a
comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre
possíveis intervenções no mercado de câmbio.

Embora não tenha confirmado expectativas do anúncio de mais
ações para frear a valorização do real, como temia o mercado,
Mantega deixou claro que o governo não deixará a cotação recuar
com força, afirmando que são "infinitas as medidas" que podem
ser tomadas nesse sentido [ID:nN04225615].

O ministro também disse que qualquer tentativa no Congresso
de elevar o valor do salário mínimo este ano para patamar
superior a 540 reais será vetada pela presidente Dilma Rousseff
[ID:nN04295379].

Ainda em âmbito local, as projeções de juros encerraram em
alta, com o mercado prevendo que as próximas leituras de
índices de preços ainda indicarão inflação pressionada. O
movimento também foi lastreado por sinais de que a economia
norte-americana segue demonstrando recuperação.

Tal avaliação foi reforçada pela alta, inesperada, de 0,7
por cento nas encomendas às indústrias do país em novembro,
segundo o Departamento de Comércio.

O número impulsionou o dólar frente a outras moedas ,
em meio à queda do euro. O fortalecimento da divisa
norte-americana atingiu em cheio as matérias-primas, com o
petróleo em baixa superior a 2 por cento, também por realização
de lucros após a commodity renovar seguidamente as máximas em
dois anos.

Nesse contexto, as ações do setor de energia pressionavam
levemente alguns dos índices acionários em Nova York, também
objeto de algum embolso de lucros. Mas o Dow Jones subia.

Durante o pregão, o mercado recebeu se maiores sobressaltos
a ata do Federal Reserve relativa à reunião do Comitê de
Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de dezembro.

No documento, os membros do Fed disseram que a recuperação
econômica dos EUA ainda não está forte o bastante, apesar de
sinais de força, o que não permite ajustes monetários por ora
[ID:nN04233311].

Por uma questão de fuso horário, a perda de fôlego dos
mercados no final da tarde não atingiu as principais ações
europeias , que subiram à máxima em uma semana
sustentadas pelo até então bom desempenho das matérias-primas.

Veja a variação dos principais mercados nesta terça-feira:

CÂMBIO

Veja também

O dólar terminou a 1,664 real, em alta de 0,79 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,51 por cento, para 70.317 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 7,04 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,32 por
cento, a 37.221 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontou 12,03 por cento ao ano, ante
12,02 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3297 dólar, ante
1,3351 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, avançava a 135,500 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,749 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 16 pontos, para 164 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 15 pontos, a 226 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
subia 0,14 por cento, a 11.687 pontos; o S&P 500 perdia
0,26 por cento, a 1.268 pontos, e o Nasdaq recuava 0,41
por cento, a 2.680 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
recuou 2,17 dólar, ou 2,37 por cento, a 89,38 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha oscilação negativa, oferecendo
rendimento de 3,3461 por cento ante 3,336 por cento no
fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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