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PANORAMA3-Portugal dita otimismo em bolsas, Espanha é foco

Por José de Castro SÃO PAULO, 12 de janeiro (Reuters) - O razoável sucesso de Portugal em seu primeiro leilão de títulos públicos do ano animou os mercados financeiros globais nesta quarta-feira, com bolsas de valores, euro e commodities em alta. Numa operação amplamente aguardada pelo mercado, Lisboa vendeu 1,249 bilhão de euros (1,62 bilhão […]

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 17h36.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 12 de janeiro (Reuters) - O razoável sucesso de
Portugal em seu primeiro leilão de títulos públicos do ano
animou os mercados financeiros globais nesta quarta-feira, com
bolsas de valores, euro e commodities em alta.

Numa operação amplamente aguardada pelo mercado, Lisboa
vendeu 1,249 bilhão de euros (1,62 bilhão de dólares) em papéis
com dois vencimentos. Os yields do contrato de 2020 caíram na
comparação com a venda anterior, em novembro, mas os
rendimentos dos papéis para 2014 subiram, embora tenham
permanecido abaixo das taxas observadas no mercado secundário.

"Acho que Portugal passou nesse teste, embora claramente a
pressão ainda não tenha desaparecido", disse Orlando Green,
estrategista de dívida do Credit Agricole, em Londres.

Em Frankfurt, o primeiro-ministro português, José Sócrates,
disse que o país não precisa de nenhuma ajuda internacional
para consolidar suas finanças e que o déficit orçamentário será
menor que o previsto em 2010 [ID:nN12197792].

As atenções agora se voltam para Espanha e Itália, que
venderão títulos soberanos na quinta-feira. Analistas apostam
que as operações vão ocorrer sem maiores problemas, ainda que
os custos devam se elevar.

Os agentes repercutiram ainda conversas de que os ministros
de Finanças da zona do euro, que se reunirão na próxima semana,
vão discutir o aumento do fundo de resgate do bloco, numa
tentativa de acalmar as tensões do mercado.

Por ora, o alívio nas preocupações favoreceu os ativos
europeus. O euro superava a média móvel de 200 dias, em alta
maior que 1 por cento. Mais cedo, o principal índice de ações
do continente fechara no maior nível desde setembro de
2008.

O bom humor se estendeu para o outro lado do Atlântico. As
bolsas de valores em Nova York avançavam a poucos minutos do
fechamento, contagiando o Ibovespa, que alcançou a máxima em
cerca de dois meses. Os dois mercados foram beneficiados por
mais um dia de valorização das commodities, cujo principal
índice chegou a bater o pico em 27 meses.

O dólar, por outro lado, cedeu ante o real, copiando o
movimento da moeda contra uma cesta de divisas .

No meio da tarde, o mercado recebeu a avaliação sobre a
economia norte-americana feita pelo Livro Bege, que apontou
fortalecimento na atividade próximo do final do ano, bem como
melhora no segmento trabalhista [ID:nN12225428].

No Brasil, investidores locais souberam que o fluxo cambial
líquido ficou positivo em 4,099 bilhões de dólares na primeira
semana do ano, período em que o Banco Central incorporou às
reservas internacionais 1,364 bilhão de dólares via leilões de
câmbio, informou a autoridade monetária [ID:nN12197404].

Na mesma ocasião, o BC divulgou que seu Índice de Atividade
Econômica (IBC-Br) subiu 0,42 por cento em novembro sobre
outubro e 5,23 por cento ante um ano atrás [ID:nN12191935].

As projeções de juros na BM&FBovespa mostraram elevação,
refletindo a alta de 1,1 por cento nas vendas no varejo
doméstico em novembro ante outubro, acima das previsões.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o varejo deve terminar 2010 com crescimento recorde
[ID:nN12172635].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,677 real, em queda de 0,59 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,72 por cento, para 71.632 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 8 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,96 por
cento, a 37.745 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,27 por cento ao ano no
call das 16h, ante 12,23 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3124 dólar, ante
1,2975 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 136,063 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,597 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 4 pontos, para 165 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 7 pontos, a 232 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
ganhava 0,6 por cento, a 11.743 pontos; o S&P 500
apurava alta de 0,72 por cento, a 1.283 pontos, e o Nasdaq
apreciava-se 0,57 por cento, a 2.732 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 0,75 dólar, ou 0,82 por cento, a 91,86 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha leve queda, oferecendo rendimento
de 3,3650 por cento ante 3,34 por cento no fechamento
anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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