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PANORAMA3-Mercado repensa Fed e ativos de risco recuam

SÃO PAULO, 27 de outubro (Reuters) - Investidores continuaram reavaliando o volume de estímulos que o Federal Reserve poderá anunciar na próxima semana, o que impulsionou o dólar e derrubou ações e commodities nesta quarta-feira. O entendimento do mercado é de que a injeção de dólares na economia norte-americana não será tão expressiva quanto o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 17h38.

SÃO PAULO, 27 de outubro (Reuters) - Investidores
continuaram reavaliando o volume de estímulos que o Federal
Reserve poderá anunciar na próxima semana, o que impulsionou o
dólar e derrubou ações e commodities nesta quarta-feira.

O entendimento do mercado é de que a injeção de dólares na
economia norte-americana não será tão expressiva quanto o
inicialmente imaginado. Analistas também consideraram que a
atuação do Fed já está precificada.

Essa visão ganhou força depois que o Wall Street Journal
publicou que o Fed provavelmente vai anunciar um programa na
ordem de algumas poucas centenas de bilhões de dólares ao longo
de vários meses. Segundo a reportagem, o banco central dos EUA
quer evitar uma abordagem muito agressiva.

A perspectiva de menos dinheiro para ativos de risco
recolocou o dólar em terreno positivo ante uma cesta de moedas
no acumulado do ano. A valorização foi acompanhada de
perto pelo mercado brasileiro, com o real terminando na mínima
em mais de um mês.

As ações em Nova York e na Europa recuaram. A
Bovespa também captou o desânimo externo, mas as perdas foram
amortecidas por mais um dia de alta da Petrobras
, em meio ao anúncio de uma descoberta de petróleo em
águas profundas no Nordeste e a rumores de mercado
[ID:nN27215899].

Do lado externo, embora a estimativa do volume de ajuda que
o Fed poderá oferecer tenha diminuído, é praticamente certo que
o banco central norte-americano irá optar por mais expansão
monetária na reunião de 2 e 3 de novembro. Dados nos EUA
endossaram essa percepção.

As encomendas de bens duráveis excluindo o setor de
transportes caíram 0,8 por cento em setembro. As vendas de
novas moradias no mês passado subiram, embora ainda permaneçam
em patamar considerado baixo [ID:nN27253636].

No Brasil, o Bradesco reportou lucro líquido de
2,527 bilhões de reais no terceiro trimestre, aumento de 39,5
por cento na comparação anual. O lucro da Net , por
outro lado, despencou 76 por cento, para 72 milhões de reais
[ID:nN27227317] [ID:nN27200111].

A agenda macroeconômica de maneira geral foi fraca. Assim,
pesou sobre o mercado de DI a escassez de investidores
estrangeiros e a perspectiva de piora na inflação, puxando as
taxas mais longas para cima.

Os mercados monitoraram ainda os desdobramentos da morte do
ex-presidente argentino Néstor Kirchner. Na leitura de
investidores, a ausência de Kirchner no cenário
político-econômico do país deve beneficiar os ativos argentinos
[ID:nN27254670].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,722 real, em alta de 0,94 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa caiu 0,24 por cento, a 70.568 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,1 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 1,8 por
cento, a 35.169 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,35 por cento ao ano no
call das 16h, estável ante o ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3763 dólar, ante
1,3859 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava para 139,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,191 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, a 170 pontos-básicos. O EMBI+
cedia 9 pontos, a 237 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones perdeu 0,39 por cento, a 11.126
pontos, o S&P 500 caiu 0,27, a 1.182 pontos. O Nasdaq
Composite subiu 0,24 por cento, aos 2.503 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
registrou queda de 0,61 dólar, a 81,94 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,725
por cento ante 2,645 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)

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