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PANORAMA3-Bolsas digerem emprego fraco nos EUA; DIs recuam

Por José de Castro SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - A geração de empregos nos Estados Unidos em novembro até decepcionou, mas a avaliação de que a recuperação econômica daquele país continua ofereceu algum suporte às principais bolsas de valores globais, que tiveram apenas ligeira queda nesta sexta-feira. No Brasil, as atenções estiveram voltadas […]

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 17h35.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - A geração de empregos
nos Estados Unidos em novembro até decepcionou, mas a avaliação
de que a recuperação econômica daquele país continua ofereceu
algum suporte às principais bolsas de valores globais, que
tiveram apenas ligeira queda nesta sexta-feira.

No Brasil, as atenções estiveram voltadas pela manhã ao
anúncio de medidas de aperto de crédito pelo Banco Central,
seguindo o exemplo da China, que mais cedo já havia reportado
uma política monetária mais "prudente" [ID:nN03284567].

O governo brasileiro elevou o compulsório sobre depósitos à
vista e a prazo, reduzindo os recursos que os bancos têm
disponíveis para emprestar, e tornou mais caro para as
instituições oferecer crédito de longo prazo às pessoas físicas
[ID:nN03186281].

O impacto maior se deu na curva de juros futuros, que
abrandou expectativas do início de um novo ciclo de alta da
Selic já em dezembro e passou a precificar esse movimento
apenas no início de 2011.

Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, embora as
medidas tenham sido tomadas em caráter prudencial, elas também
têm efeito sobre a atividade econômica e a inflação.

O mercado doméstico de câmbio e a Bovespa reagiram
discretamente às medidas, mantendo o foco no cenário
internacional, que digeria números sobre o mercado de trabalho
norte-americano.

Foram criadas 39 mil vagas fora do setor agrícola, enquanto
a taxa de desemprego mostrou alta inesperada a 9,8 por cento,
mostrou um relatório do Departamento de Trabalho
[ID:nN03121292].

O documento tinha uma influência mais direta sobre o dólar,
ao indicar que a retomada econômica fraca ampara a continuidade
dos estímulos econômicos por parte do Federal Reserve.

Assim, a moeda norte-americana recuava ante uma cesta de
divisas , com destaque para as altas do euro e iene
. O movimento se estendeu às operações locais, onde a
cotação fechou abaixo de 1,70 real pela primeira vez em quase
quatro semanas.

Contudo, a recente série de dados macroeconômicos positivos
--reforçada nesta sessão pelo crescimento no setor de serviços
dos EUA em novembro-- dava algum suporte às ações. A poucos
minutos do fechamento, os índices em Nova York operavam ao
redor da estabilidade, enquanto a Bovespa registrou discreta
alta no encerramento.

Mais cedo, o europeu FTSEurofirst 300 já havia
terminado perto do zero.

No plano político, a presidente eleita, Dilma Rousseff,
oficializou Antonio Palocci como chefe da Casa Civil, Gilberto
Carvalho no comando da Secretaria-Geral da Presidência, e José
Eduardo Cardozo à frente da Justiça. Todos são filiados ao PT
[ID:nN03113979].

Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira:

Veja também

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,687 real, em baixa de 0,94 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,34 por cento, para 69.766 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 5,94 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subia 0,26 por
cento, a 35.670 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,05 por cento ao ano, ante
12,24 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3379 dólar, ante
1,3221 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía a 137,313 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,516 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 10 pontos, para 168 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 10 pontos, a 240 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
caía 0,05 por cento, a 11.356 pontos; o S&P 500 subia
0,02 por cento, a 1.221 pontos, e o Nasdaq avançava
0,35 por cento, a 2.588 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 1,19 dólar, ou 1,35 por cento, a 89,19 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caíam ligeiramente, oferecendo
rendimento de 3,026 por cento ante 2,998 por cento no
fechamento anterior.

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