Juro recua de olho na inflação; Bovespa respira

 Bolsas - Reagindo a uma bateria de indicadores de inflação, os investidores reduziam as projeções de juros futuros, dando também fôlego às ações de bancos, que conduziam a Bovespa para cima nesta terça-feira.</p> 

Na verdade, os dados não chegaram a trazer boas notícias. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,83 por cento em janeiro, mesma taxa de novembro, que fora a maior desde abril de 2005, contra 0,63 por cento em dezembro [ID:nN08267672]. O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,98 por cento em janeiro, ante 0,38 por cento em dezembro [ID:nN08265371].

No entanto, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que normalmente chama pouco a atenção, desta vez foi a estrela, ao apontar avanço de 1,16 por cento na primeira prévia de fevereiro, abaixo da alta de 1,27 por cento no mês de janeiro [ID:nN08265011].

O indicador foi lido por economistas como sinal de que a inflação doméstica pode começar a arrefecer este mês, para entrar numa trajetória para dentro da meta do Banco Central. Com isso, os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) embutiam estimativas menores, embora ainda apontem pelo menos mais duas elevações da Selic em março e abril.

Ao mesmo tempo, ações de bancos, bastante castigadas nas últimas semanas após o Banco Central ter elevado o juro e tomado medidas prudenciais para conter a expansão do crédito, tomavam fôlego, levando o principal índice da bolsa paulista para cima.

O bom desempenho do setor financeiro ofuscava a fraqueza do segmento de commodities, que também respingava nas ações de companhias domésticas ligadas ao setor, após a China ter anunciado pela manhã nova alta de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juro, também visando a conter pressões inflacionárias.

No mercado de câmbio, o dólar recuava frente ao real, após quatro altas consecutivas, seguindo o movimento internacional. O dia era de baixo volume. Momentaneamente, a atuação do BC era discreta, com apenas um leilão de compra da moeda norte-americana no mercado à vista.

Veja como operavam os principais mercados nesta terça-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,671 real, em baixa de 0,54 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa subia 0,74 por cento, para 65.843 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,5 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,24 por cento perto do fechamento, a 35.365 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

O DI janeiro de 2012 estava em 12,32 por cento ao ano ante 12,36 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3649 dólar, ante 1,3582 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 134,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,763 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil seguia estável a 163 pontos-básicos. O EMBI+ operava a 245 pontos-básicos, com baixa de 4 pontos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> subia 0,13 por cento, a 12.177 pontos, o S&P 500 <.SPX> avançava 0,04 por cento, a 1.319 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha valorização de 0,04 por cento, aos 2.785 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caía 0,55 por cento, a 86,94 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,6563 por cento ante 3,64 por cento no fechamento anterior. (PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código ))