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Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2010 às 10h03.
SÃO PAULO, 21 de setembro (Reuters) - A expectativa pela
reunião do Federal Reserve mantinha investidores com o pé atrás
nesta terça-feira, colocando as principais bolsas de valores no
terreno negativo.
Analistas não esperam mudança na taxa básica de juros dos
Estados Unidos, atualmente entre zero e 0,25 por cento, mas
alguns consideram que o Fed poderia debater se a recuperação
econômica precisa de mais estímulos.
Os dados recentes ainda têm se mostrado divergentes, mas
nesta sessão o Departamento de Comércio norte-americano
informou que a construção residencial no país cresceu mais que
o previsto em agosto, para a máxima em quatro meses
[ID:nN21145698].
"Qualquer que seja o resultado do Fed, haverá uma reação
automática, pois não vai satisfazer a todos", avaliou Steve
Goldman, estrategista de mercado da Weeden & Co, em Greenwich,
Connecticut.
No Brasil, o índice que reúne as principais ações também
recuava, devolvendo parte dos ganhos registrados na véspera. O
dólar subia levemente, ainda na expectativa de uma intervenção
mais contundente do governo para brecar o fortalecimento do
real.
O Banco Central informou que o fluxo cambial para o país
está positivo em mais de 11 bilhões de dólares neste mês, até o
dia 17. Por enquanto, setembro é o mês com maior ingresso de
recursos desde outubro de 2009 [ID:nN21235108].
Também foi conhecida nesta manhã a projeção do BC para o
déficit em conta corrente do país em 2011, que deve alcançar 60
bilhões de dólares depois do saldo negativo estimado em 49
bilhões de dólares neste ano [ID:nN21151657].
As projeções de juros mais negociadas na BM&FBovespa subiam
após o IPCA-15 de setembro superar as projeções.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15
(IPCA-15) subiu 0,31 por cento, ante queda de 0,05 por cento em
agosto. Analistas consultados pela Reuters previam alta de 0,24
por cento [ID:nN21141455]. Os núcleos do indicador também
aceleraram.
Outro dado de inflação divulgado nesta manhã acelerou, mas
dentro do esperado. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
teve alta de 1,03 por cento na segunda prévia de setembro, ante
0,55 por cento em igual período de agosto e estimativa do
mercado de 1,04 por cento.
Veja como estavam os principais mercados às 12h58 desta
terça-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,729 real, em leve alta de 0,06 por
cento em relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa recuava 0,63 por cento, a 67.752 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 2,15 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,92 por
cento, a 33.344 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,54 por cento ao ano, ante
11,51 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3135 dólar, ante
1,3064 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, mantinha-se estável a 137,813 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,703 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 5 pontos, a 206 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 2 pontos, a 285 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones caía 0,1 por cento, a 10.742
pontos, e o S&P 500 perdia 0,26 por cento, a 1.139
pontos. O Nasdaq Composite recuava 0,29 por cento, aos
2.348 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais
próximo caía 1,79 dólar, a 73,07 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia 0,11 ponto, oferecendo rendimento
de 2,6646 por cento ante 2,704 por cento no fechamento
anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Silvio Cascione)