SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - A expectativa de um
acordo na reunião de líderes da União Europeia que começa nesta
quinta-feira proporcionava algum suporte ao euro ante o dólar,
embora limitado pelo movimento de recuperação nos Treasuries.
No encontro, serão discutidos novos passos na luta contra a
crise de dívida soberana no continente, que já consumiu Grécia
e Irlanda e ameaça contaminar Portugal e Espanha.

No Brasil, a ata da última reunião do Copom é amplamente
aguardada, em razão das explicações sobre a decisão de manter a
Selic em 10,75 por cento na semana passada e da visão dos
diretores do Banco Central sobre o cenário inflacionário.
Muitos analistas avaliam que o tom deverá mudar razoavelmente,
principalmente no que diz respeito ao comportamento recente dos
preços.

A moeda europeia era negociada a 1,3251 dólar às 7h40, em
alta de 0,32 por cento. Alguns agentes avaliam que ela possa
superar 1,33 dólar a depender dos desdobramentos na reunião de
dois dias em Bruxelas. Tal movimento influenciava a queda de
0,26 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante
uma cesta de divisas. Ante o iene, o dólar recuava 0,23 por
cento, a 84,08 ienes.

A fraqueza do dólar, contudo, não era suficiente para
impulsionar o segmento de commodities, com o petróleo em baixa
de 0,27 por cento, a 88,38 dólares, nas operações eletrônicas
em Nova York.

No segmento acionário, a decisão de investidores de não
arriscarem o desempenho de seus portfólios diante da
proximidade do encerramento de 2010 mantinha os volumes
reduzidos, com os principais índices globais apresentando
variações amenas e sem uma tendência única nesta jornada. Uma
agenda carregada de indicadores é novamente aguardada nos
Estados Unidos, o que pode fazer a diferença mais tarde.

Por ora, o índice MSCI para ações globais cedia 0,14 por
cento, enquanto para ações emergentes recuava 0,55 por cento. O
índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do
Japão declinava 0,44 por cento. Na Ásia, o índice da bolsa de
Xangai caiu 0,46 por cento, enquanto o japonês Nikkei terminou
o dia estável.

Na Europa, contudo, o FTSEurofirst 300 subia 0,33 por
cento, embora os ganhos fossem limitados pela decisão do
governo dos EUA de abrir processo judicial contra a BP por
causa do vazamento de petróleo deste ano no Golfo do México. Os
futuros acionários em Wall Street também indicavam uma abertura
no azul, com o contrato do S&P-500 em alta de 0,09 por cento
--1,10 ponto.

Veja a variação dos principais mercados na quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,701 real, em alta de 0,35 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 1,27 por cento, para 67.870 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 13,11 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedia 1,6 por
cento, a 34.869 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,87 por cento ao ano, ante
11,83 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3223 dólar, ante
1,3384 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava a 134,625 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,982 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 4 pontos, para 170 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 6 pontos, a 230 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
registrou leve queda de 0,17 por cento, a 11.457 pontos; o S&P
500 caiu 0,50 por cento, a 1.235 pontos, e o Nasdaq
recuou 0,40 por cento, a 2.617 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 0,34 dólar, ou 0,39 por cento, a 88,62 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,5141
por cento ante 3,473 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)