SÃO PAULO, 7 de outubro (Reuters) - Os principais índices
acionários globais oscilavam sem uma tendência clara nesta
quinta-feira, enquanto o dólar seguia enfraquecido frente a
várias divisas, com investidores na expectativa de decisões de
juros na Europa e do início da temporada de balanços
corporativos nos Estados Unidos.

As reuniões do Banco Central Europeu e do Banco da
Inglaterra nesta manhã podem trazer indicações da visão das
autoridades monetárias da região no que diz respeito a novas
medidas de estímulos, mais precisamente imprimir dinheiro para
a compra de ativos.

Ainda assim, as principais moedas do continente não
chegavam a ser afetadas, uma vez que a perspectiva maior é de
alguma nova rodada de "quantitative easing" por parte do
Federal Reserve no início de novembro.

O índice acionário europeu FTSEurofirst 300
avançava 0,18 por cento, enquanto o euro apreciava-se 0,31 por
cento, a 1,3975 dólar.

Em Wall Street, os futuros acionários também situavam-se de
forma contida no campo positivo, com o contrato do S&P 500
em alta de 1,6 ponto. Além de dados de
auxílio-desemprego, investidores aguardam o resultado
trimestral da Alcoa, previsto para após o fechamento dos
negócios.

Na Ásia, as ações de tecnologia afetaram alguns pregões,
enquanto o Nikkei encerrou ao redor da estabilidade,
com variação negativa de 0,07 por cento, mesmo em meio a uma
nova valorização da moeda japonesa, com o dólar cedendo 0,58
por cento, a 82,43 ienes.

O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção
do Japão , contudo, subia 0,32 por cento,
enquanto o índice MSCI para ações globais
aumentava 0,26 por cento e para ações emergentes recuava 0,06
por cento.

O dólar declinava 0,23 por cento ante uma cesta com as
principais moedas globais, o que favorecia a alta de 0,5 por
cento do petróleo nas operações eletrônicas em Nova York, a
83,66 dólares o barril.

No Brasil, o destaque na pauta é o comportamento da
inflação ao consumidor registrada pelo IPCA em setembro, que
deve ter acelerado significativamente, refletindo sobretudo a
alta dos custos de alimentos e de vestuário, que vinham caindo
até recentemente, segundo Pesquisa Reuters.

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Veja como terminaram os principais mercados na quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,682 real, em alta de 0,42 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 1,04 por cento, para 70.541 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 8,75 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 1,15 por
cento, a 35.837 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,44 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,41 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3931 dólar, ante
1,3832 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia para 139,688 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,29 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 4 pontos, a 200 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 1 pontos, a 273 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 0,21 por cento, a 10.967
pontos, e o S&P 500 teve oscilação negativa de 0,07 por
cento, a 1.159 pontos. O Nasdaq Composite caiu 0,80 por
cento, aos 2.380 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 0,41 dólar, ou 0,5 por cento, a 83,23 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 2,392
por cento ante 2,472 por cento no fechamento anterior.

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(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)