Detalhes de ajuste fiscal ocupam foco doméstico
São Paulo - O detalhamento do corte de 50 bilhões de reais no Orçamento brasileiro para 2011 merece a atenção de investidores do mercado financeiro local nesta segunda-feira, antes de uma semana com importantes divulgações no âmbito interno. A partir dos números, será possível observar a real viabilidade e eficiência do ajuste fiscal anunciado pelo […]
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 08h30.
São Paulo - O detalhamento do corte de 50 bilhões de reais no Orçamento brasileiro para 2011 merece a atenção de investidores do mercado financeiro local nesta segunda-feira, antes de uma semana com importantes divulgações no âmbito interno. A partir dos números, será possível observar a real viabilidade e eficiência do ajuste fiscal anunciado pelo governo federal.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciam tais detalhes às 12h30.
Nos próximos dias, a pauta doméstica contempla nada menos do que a divulgação do PIB do quarto trimestre do ano passado, do IPCA de fevereiro e da produção industrial de janeiro, bem como a amplamente aguardada decisão do Banco Central para a taxa básica de juros.
Mas a contínua ameaça de que os conflitos em países do Oriente Médio se espalhem ainda mais na região mantinha investidores no exterior cautelosos, o que pode ainda respingar nos ativos brasileiros. Alguns mercados acionários registravam recuperação e o dólar oscilava nas mínimas em três meses, mas o petróleo seguia em alta.
No fim de semana, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, de maneira unânime, impor sanções de viagens e bens ao líder líbio Muammar Gaddafi e seus aliados próximos. Também adotou embargo de armas e pediu que o Tribunal Penal Internacional investigue a violenta repressão contra os manifestantes que se opõem a Gaddafi.
Protestos em Omã, porém, mantinham a apreensão sobre o risco de problemas no fornecimento de petróleo. O principal temor é de que a instabilidade chegue a Arábia Saudita a ponto de afetar a produção do país. Na operações eletrônicas em Nova York , a commodity se mantinha praticamente estável a 97,88 dólares, às 7h53. Em Londres, o Brent ganhava 0,04 por cento, a 112,18 dólares.
No segmento cambial, o índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, cedia 0,46 por cento. O euro era negociado a 1,3825 dólar ante 1,3750 dólar na sexta-feira. Em relação à moeda japonesa , o dólar era cotado a 81,81 ienes ante 81,67 ienes na última sessão.
No mercado acionário, o MSCI global apresentava elevação de 0,27 por cento e para emergentes, de 0,25 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão também avançava, 0,28 por cento. Em Tóquio, o Nikkei <.N225> encerrou com aumento de 0,92 por cento e o índice da bolsa de Xangai <.SSEC> ganhou também 0,92 por cento.
O europeu FTSEurofirst 300 <.FTEU3>, contudo, registrava queda de 0,14 por cento, afetado negativamente por cortes de metas de lucratividade pelo HSBC, que ainda divulgou o resultado de 2010 levemente abaixo do previsto por analistas. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P-500 cedia 0,15 por cento --2 pontos-- antes de dados de gasto e renda do consumidor.
De volta à cena local, a TAM , maior companhia aérea do Brasil, em processo de fusão com chilena LAN, divulga resultado do quarto trimestre e de 2010 antes da abertura do mercado. Há teleconferência com analistas às 11h.
Veja a variação dos principais mercados na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,664 real, estável frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP>
O Ibovespa caiu 0,07 por cento, para 66.902 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20>
O índice dos principais ADRs brasileiros teve alta de 0,39 por cento, a 36.143 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,60 por cento ao ano, ante 12,62 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3746 dólar, ante 1,3803 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 134,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,778 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil caía 5 pontos, para 182 pontos-básicos. O EMBI+ também recuava 5 pontos, a 274 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones <.DJI> teve alta de 0,51 por cento, a 12.130 pontos; o S&P 500 <.SPX> valorizou-se 1,06 por cento, a 1.319 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> subiu 1,58 por cento, a 2.781 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 0,60 dólar, a 97,88 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento de 3,4162 por cento ante 3,45 por cento no fechamento anterior.