PANORAMA1-Dados da China não preocupam e bolsas sobem; dólar cai

SÃO PAULO, 21 de outubro (Reuters) - Uma bateria de dados
sobre a China mostrando uma desaceleração "saudável" do ponto
de vista dos analistas e a expectativa de mais ações por parte
de bancos centrais para estimular economias mantinha os
principais índices acionários globais em terreno positivo nesta
quinta-feira.

O PIB da China cresceu 9,6 por cento no terceiro trimestre
ante igual período de 2009, uma desaceleração ante a expansão
de 10,3 por cento verificada no segundo trimestre, informou a
agência nacional de estatísticas do país (NBS). Economistas
previam um avanço de 9,5 por cento [ID:nN21261278].

O índice MSCI para ações globais subia 0,25
por cento pela manhã, enquanto o para ações emergentes ganhava 0,64 por cento.

A cautela ante a safra de balanços ainda no início
explicava as variações tímidas, após surpresas menos favoráveis
com os resultados do Morgan Stanley na véspera e do Credit
Suisse nesta quinta-feira, por exemplo.

Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 avançava 0,25
por cento, amparado por papéis chamados defensivos, como as
ações do setor de alimentos, bebidas e bens pessoais.

Nos EUA, o futuros acionários sinalizavam uma abertura no
azul, com o contrato do S&P 500 em alta de 4,3 pontos.
Na pauta de balanços do dia, Caterpillar, American Express e
Amazon.com. Do lado macroeconômico, dados de
auxílio-desemprego, atividade manufatureira e indicador
antecedente.

Na Ásia, o Nikkei encerrou o dia em queda de 0,05 por
cento, após o dólar reverter a trajetória de valorização ante o
iente. O índice da bolsa de Xangai caiu 0,68 por cento por
realização de lucros.

A reação do dólar mais cedo refletiu a repercussão a
comentários do secretário de Tesouro dos EUA, de que as
principais moedas globais estão alinhadas. Mas o movimento não
encontrou suporte e o dólar já recuava 0,33 por cento ante uma
cesta com as principais divisas globais.

Frente ao iente, a moeda norte-americana perdia 0,2 por
cento, a 81,02 ienes. O euro valorizava-se 0,5 por cento, a
1,4030 dólar.

Na véspera da reunião dos líderes financeiros do G20 na
Coreia do Sul, há especulações rondando sobre uma grande
barganha entre os países do grupo para encontrarem um consenso
para reequilibrar a economia global, diante do encontro dos
líderes do G20 em Seul no próximo mês.

No segmento de commodities, o petróleo declinava 0,23 por
cento, a 82,35 dólares o barril, nas operações eletrônicas em
Nova York.

No Brasil, a decisão do Copom de manter a taxa Selic em
10,75 por cento e o comunicado enxuto que acompanhou o anúncio
na noite da véspera não adicionaram novidades. Nesta sessão,
dados de emprego e dívida pública do país merecem
monitoramento.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN20277605]

Veja como terminaram os principais mercados na
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,675 real, em queda de 0,71 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,77 por cento, a 70.404 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,69 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 1,09 por
cento, a 35.864 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,26 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,32 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3954 dólar, ante
1,3812 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava para x por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de x por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, a 186 pontos-básicos. O EMBI+
cedia 3 pontos, a 262 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones ganhou 1,18 por cento, a 11.107
pontos, o S&P 500 registrou valorização de 1,05 por
cento, a 1.178 pontos. O Nasdaq Composite subiu 0,84
por cento, aos 2.457 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
2,28 dólares, a 81,77 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, operava praticamente estável, oferecendo
rendimento de 2,482 por cento ante 2,481 por cento no
fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)