Outubro será forte para a bolsa brasileira, projeta Bank of America Merrill Lynch
Analistas apostam mais em Vale e nas ações ligadas ao setor industrial
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2010 às 16h45.
São Paulo - De volta ao seu calendário tradicional após o encerramento da grande operação da oferta da Petrobras, o mercado de ações brasileiro deve sustentar o ritmo crescente de negócios durante todo o mês de outubro. A avaliação é do Bank of America Merrill Lynch, que em relatório desta quinta-feira (30) desenhou perspectivas otimistas para investimentos no mês que se inicia amanhã.
O diagnóstico do Bank of America prevê um outubro forte, ancorado principalmente na busca de investimentos dos países em recuperação na Europa e pelo efeito positivo de uma sólida temporada de resultados no terceiro trimestre deste ano. A força do mercado nacional continuará no curto prazo, impulsionada pela busca de ativos reais e pelos resultados trimestrais acima do esperado, dizem os analistas Renato Onishi, Pedro Martins Junior e Marina Valle.
"Os investidores devem procurar alternativas de rendimento ao longo de toda a América Latina" dizem os analistas. Entre as incertezas que podem fazer variar o cenário, os analistas apontam o resultado das eleições presidenciais, que nas últimas duas semanas vem desenhando a possibilidade de segundo turno, ao contrário das expectativas iniciais.
Segundo os analistas, para ganhar exposição para ativos reais em ações do Brasil os investidores devem se concentrar em três vertentes: commodities, com preços impulsionados pelos juros baixos; investimentos em infraestrutura, com projetos de alto investimento e títulos.
Otimismo também para 2011
O banco mantém a expectativa de 81.000 pontos do Ibovespa para os próximos 12 meses, baseada num crescimento da média de lucros em 25%, recuperação da economia global de 4,5% em 2010 e 3,9% em 2011, comparada à -0,7% em 2009, e uma redução do nível de taxas de juros reais global, alimentando a procura de rendimentos em mercados de crescimento sustentável.
Mudanças no portfólio
O banco alterou seu portfólio de investimentos no Brasil, reclassificando como alocação acima da média do mercado (overweight) o setor de Mineração e Metais, por meio do aumento de exposição à Vale; e aumentando a classificação do setor industrial de posição em linha com a média do mercado (equalwight) para alocação acima da média do mercado (overweight). Foram rebaixados os setores de aço equalweight para abaixo do mercado (underweight).Usiminas e Iguatemi foram retirados do portfólio.
Leia mais notícias sobre bolsas de valores
Siga as notícias do site EXAME sobre Mercados no Twitter