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Operador do UBS suspeito de fraude se declara inocente

O banco suíço teve uma perda potencial de mais de 2 bilhões de dólares em consequência de "operações não autorizadas"

Kweku Adoboli chega ao tribunal de Londres em 22 de setembro de 2011, após ter sido detido (Facundo Arrizabalaga/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 12h35.

Londres - O operador Kweku Adoboli, de 31 anos, indiciado por uma fraude que custou 2,25 bilhões de dólares ao banco suíço UBS declarou-se inocente das acusações no tribunal superior de Southwark, em Londres.

Kweku Adoboli, de 31 anos, tem contra si quatro acusações por "abuso de posição" e "falsa contabilidade".

O juiz Alistair McCreath, do Superior Tribunal Penal de Southwark, estabeleceu provisoriamente para 3 de setembro a data do início do julgamento, com uma audiência preliminar prevista para 9 de abril.

Filho de um ex-alto funcionário ganês da ONU, Adoboli trabalhava com produtos financeiros complexos no departamento ETF (fundo cotados na bolsa) da sede londrina do banco suíço.

Foi detido em 15 de setembro, depois que o banco suíço anunciou uma perda potencial de mais de 2 bilhões de dólares em consequência de "operações não autorizadas".

Os reguladores da indústria de serviços financeiros no Reino Unido e na Suíça estão investigando paralelamente de forma independente os motivos pelos quais o UBS não detectou estas supostas operações fraudulentas.

A revelação deste escândalo provocou a demissão do conselheiro delegado da entidade, Oswald Grübel, e a saída dos diretores da divisão onde se originou a fraude.

O caso de Adoboli lembra o de Jerome Kerviel, broker francês que causou um rombo de 5 bilhões de euros no banco francês Société Générale em 2008 com operações não autorizadas.

Kerviel foi condenado em outubro de 2010 a cinco anos de prisão e a pagar 4,9 bilhões de dólares à entidade para a qual trabalhava por perda e danos.

* Matéria atualizada às 13h39

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Filho de um ex-alto funcionário ganês da ONU, Adoboli trabalhava com produtos financeiros complexos no departamento ETF (fundo cotados na bolsa) da sede londrina do banco suíço.

Foi detido em 15 de setembro, depois que o banco suíço anunciou uma perda potencial de mais de 2 bilhões de dólares em consequência de "operações não autorizadas".

Os reguladores da indústria de serviços financeiros no Reino Unido e na Suíça estão investigando paralelamente de forma independente os motivos pelos quais o UBS não detectou estas supostas operações fraudulentas.

A revelação deste escândalo provocou a demissão do conselheiro delegado da entidade, Oswald Grübel, e a saída dos diretores da divisão onde se originou a fraude.

O caso de Adoboli lembra o de Jerome Kerviel, broker francês que causou um rombo de 5 bilhões de euros no banco francês Société Générale em 2008 com operações não autorizadas.

Kerviel foi condenado em outubro de 2010 a cinco anos de prisão e a pagar 4,9 bilhões de dólares à entidade para a qual trabalhava por perda e danos.

* Matéria atualizada às 13h39

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