OGX salta 8% na bolsa após descobertas de gás
Papéis, contudo, ainda estão longe do patamar anterior ao polêmico relatório sobre as reservas
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h01.
São Paulo – As ações da OGX ( OGXP3 ), empresa de petróleo do empresário Eike Batista, voltaram a chamar a atenção do mercado. Os papéis dispararam 8,45%, para 15,01 reais. O volume financeiro chegou a 400 milhões de reais, com 20.572 negócios, atrás apenas da Petrobras. Foi a maior alta do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira.
A empresa apresentou hoje à Agência Nacional do Petróleo (ANP) as declarações de comercialidade dos campos Califórnia e Fazenda São José, na Bacia do Parnaíba. São os primeiros campos de gás natural da empresa e a estimativa é de que atinjam uma produção de 5,7 milhões de metros cúbicos por dia em 2013.
Para Paulo Mendonça, diretor geral e de exploração da OGX, o anúncio é “um marco para a companhia em uma nova fronteira exploratória no país, ocorrendo apenas 20 meses após a aquisição das concessões”, mostra comunicado enviado ao mercado.
“Acreditamos que a OGX, junto com a MPX, está tentando acelerar o desenvolvimento da bacia do Parnaíba para que possa participar dos próximos leilões de energia”, avaliam Paula Kovarsky e Diego Mendes, analistas do Itaú BBA. A recomendação é de desempenho acima da média do mercado (outperform), com um preço-alvo de 27 reais (dez/11). O valor representa um potencial de valorização de 79,8%.
Solavanco
Apesar da valorização de hoje, os papéis da OGX ainda não retornaram ao nível anterior ao polêmico relatório sobre as reservas da empresa. No dia 18 de abril, segunda-feira, os ativos tombaram 17,25% e caíram 19,65 reais para 16,26 reais. O documento, realizado pela certificadora D&M (DeGolyer & MacNaughton), elevou as reservas da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
O problema é que parte do mercado esperava um número maior, enquanto outra conseguiu enxergar na análise motivos para continuar otimista. Um dos principais pontos observados foi a avaliação dos recursos contingentes e o nível de incertezas atribuído para eles. A D&M utiliza uma escala que vai de 1C (maior probabilidade) até 3C. Além disso, a certificadora conferiu o nome de “delineação” aos recursos entre os considerados contingentes e prospectivos. Os resultados trouxeram mais recursos 3C do que 2C, como era o esperado.
Em defesa, Eike Batista disse em teleconferência que a D&M é uma das certificadoras mais conservadoras do mercado e que o relatório apresentando poderia ser comparado ao filme “Benjamin Button", pois já nasce “velho” ao não considerar os 15 poços perfurados entre a data do relatório (31/12/2010) e hoje. Para a próxima certificação, a OGX prometeu contratar mais de uma certificadora.
São Paulo – As ações da OGX ( OGXP3 ), empresa de petróleo do empresário Eike Batista, voltaram a chamar a atenção do mercado. Os papéis dispararam 8,45%, para 15,01 reais. O volume financeiro chegou a 400 milhões de reais, com 20.572 negócios, atrás apenas da Petrobras. Foi a maior alta do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira.
A empresa apresentou hoje à Agência Nacional do Petróleo (ANP) as declarações de comercialidade dos campos Califórnia e Fazenda São José, na Bacia do Parnaíba. São os primeiros campos de gás natural da empresa e a estimativa é de que atinjam uma produção de 5,7 milhões de metros cúbicos por dia em 2013.
Para Paulo Mendonça, diretor geral e de exploração da OGX, o anúncio é “um marco para a companhia em uma nova fronteira exploratória no país, ocorrendo apenas 20 meses após a aquisição das concessões”, mostra comunicado enviado ao mercado.
“Acreditamos que a OGX, junto com a MPX, está tentando acelerar o desenvolvimento da bacia do Parnaíba para que possa participar dos próximos leilões de energia”, avaliam Paula Kovarsky e Diego Mendes, analistas do Itaú BBA. A recomendação é de desempenho acima da média do mercado (outperform), com um preço-alvo de 27 reais (dez/11). O valor representa um potencial de valorização de 79,8%.
Solavanco
Apesar da valorização de hoje, os papéis da OGX ainda não retornaram ao nível anterior ao polêmico relatório sobre as reservas da empresa. No dia 18 de abril, segunda-feira, os ativos tombaram 17,25% e caíram 19,65 reais para 16,26 reais. O documento, realizado pela certificadora D&M (DeGolyer & MacNaughton), elevou as reservas da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
O problema é que parte do mercado esperava um número maior, enquanto outra conseguiu enxergar na análise motivos para continuar otimista. Um dos principais pontos observados foi a avaliação dos recursos contingentes e o nível de incertezas atribuído para eles. A D&M utiliza uma escala que vai de 1C (maior probabilidade) até 3C. Além disso, a certificadora conferiu o nome de “delineação” aos recursos entre os considerados contingentes e prospectivos. Os resultados trouxeram mais recursos 3C do que 2C, como era o esperado.
Em defesa, Eike Batista disse em teleconferência que a D&M é uma das certificadoras mais conservadoras do mercado e que o relatório apresentando poderia ser comparado ao filme “Benjamin Button", pois já nasce “velho” ao não considerar os 15 poços perfurados entre a data do relatório (31/12/2010) e hoje. Para a próxima certificação, a OGX prometeu contratar mais de uma certificadora.