Recursos de "delineação" apresentados pela D&M foram vistos com desconfiança pelo mercado (Divulgação/OGX)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 15h20.
São Paulo – A reação negativa do mercado após a atualização das reservas da OGX (OGXP3) feita pela certificadora D&M (DeGolyer & MacNaughton) está exagerada, afirma Christopher Brown, analista da BMO Capital Markets.
“As expectativas dos investidores eram muito altas e o relatório da D&M é realístico”, aponta Brown em entrevista feita por telefone para EXAME.com. O relatório elevou as reservas da OGX de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
Os papéis da empresa de Eike Batista iniciaram a sessão de hoje com uma forte queda de 15%. Na mínima do dia, as ações chegaram a 16,8%, negociadas a 16,35 reais. Na sexta-feira, a expectativa pelo relatório motivou uma alta de 3,5% nas ações.
“Definitivamente acho que os investidores devem comprar nessa fraqueza. Acho que alguns analistas também estão reagindo de uma forma exagerada”, afirmou. Brown espera que o preço-alvo do mercado seja revisado para algo próximo do que ele já tinha como projeção.
O analista manteve a recomendação de desempenho acima da média de mercado (outperform) para os papéis da OGX, com um preço-alvo de 23 reais. “Estamos otimistas com os próximos meses”, explica.
Brown espera que a venda de uma fatia minoritária na Bacia de Campos, como tem sido amplamente divulgada pela empresa, possa ajudar na retomada das ações, mas se fechado a um “preço razoável”.
A venda, contudo, não deverá acontecer no primeiro semestre, destaca o analista. Brown também espera que a continuidade das descobertas e o início da extração de óleo sirvam como impulsionadores dos papéis.