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OGX despenca e mais um analista desiste das ações

Deutsche Bank sugere a venda dos papéis e vê baixa de mais 25%

Equipe de interpretação exploratória da OGX (André Valentim/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 18h21.

São Paulo – As ações da OGX ( OGXP3 ) vivem mais um dia bastante negativo na bolsa brasileira. Além da confiança prejudicada dos investidores nesta segunda-feira por conta das perspectivas incertas para a economia chinesa, os acionistas se depararam com a desistência de mais um importante banco que realiza a análise dos papéis da empresa de petróleo do empresário Eike Batista.

Os analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, do Deutsche Bank, cortaram a recomendação às ações de manutenção para venda. Além disso, o preço-alvo foi cortado de 6 reais para 4 reais. O novo valor indica uma desvalorização adicional de 25% quando comparado com o menor preço atingido pela ação nesta sessão. Os papéis chegaram a cair 8%, negociados a 5,36 reais e terminaram em baixa de 6,2%.

“Com a visibilidade limitada, acreditamos que o risco de uma queda maior não deve ser descartado”, explicam eles em um relatório. Em valor de mercado, a perda da OGX hoje chega a 1,5 bilhão de reais.

Problemas no campo

O pesadelo da OGX começou no último dia 26 de junho, quando informou que a vazão no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, havia sido calculada em 5 mil barris de óleo por dia, abaixo da estimativa da própria empresa, que ficava entre 15 mil e 20 mil barris por dia. Com o resultado dos pregões seguintes, o papel terminou como a maior queda do primeiro semestre, perdendo 56,62% no período.

A petroleira se defendeu e disse que o mercado estava errado em sua avaliação porque teria extrapolado a estimativa de vazão de Tubarão Azul para os demais poços. “O equívoco dessa extrapolação reside no fato de que (...) a vazão divulgada não considera o fraturamento químico hidráulico e a injeção de água no reservatório, técnicas largamente utilizadas na indústria do petróleo para aumentar a produtividade e que a companhia pretende utilizar no campo de Tubarão Azul”, disse a empresa.

Segundo a OGX, antes de aplicar essas técnicas não há como precisar o volume de produção por poço em reservatórios do tipo. Além disso, afirma a nota, a empresa já está iniciando o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo e os dados do seu reservatório, obtidos até o momento, sinalizam para produtividades superiores a vazão informada, mesmo sem o emprego das técnicas referidas.

Visão do Deutsche Bank

Os analistas do banco recorreram a consultores e geólogos para entender os blocos da empresa na bacia de Campos. Segundo eles, a conclusão é de que existe a possibilidade de que a OGX continue a enfrentar dificuldades na região. “A OGX ainda precisa provar que é ‘uma produtora de baixo custo’ como a alta direção afirmou em uma teleconferência recente”, ressaltam.

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São Paulo – As ações da OGX ( OGXP3 ) vivem mais um dia bastante negativo na bolsa brasileira. Além da confiança prejudicada dos investidores nesta segunda-feira por conta das perspectivas incertas para a economia chinesa, os acionistas se depararam com a desistência de mais um importante banco que realiza a análise dos papéis da empresa de petróleo do empresário Eike Batista.

Os analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, do Deutsche Bank, cortaram a recomendação às ações de manutenção para venda. Além disso, o preço-alvo foi cortado de 6 reais para 4 reais. O novo valor indica uma desvalorização adicional de 25% quando comparado com o menor preço atingido pela ação nesta sessão. Os papéis chegaram a cair 8%, negociados a 5,36 reais e terminaram em baixa de 6,2%.

“Com a visibilidade limitada, acreditamos que o risco de uma queda maior não deve ser descartado”, explicam eles em um relatório. Em valor de mercado, a perda da OGX hoje chega a 1,5 bilhão de reais.

Problemas no campo

O pesadelo da OGX começou no último dia 26 de junho, quando informou que a vazão no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, havia sido calculada em 5 mil barris de óleo por dia, abaixo da estimativa da própria empresa, que ficava entre 15 mil e 20 mil barris por dia. Com o resultado dos pregões seguintes, o papel terminou como a maior queda do primeiro semestre, perdendo 56,62% no período.

A petroleira se defendeu e disse que o mercado estava errado em sua avaliação porque teria extrapolado a estimativa de vazão de Tubarão Azul para os demais poços. “O equívoco dessa extrapolação reside no fato de que (...) a vazão divulgada não considera o fraturamento químico hidráulico e a injeção de água no reservatório, técnicas largamente utilizadas na indústria do petróleo para aumentar a produtividade e que a companhia pretende utilizar no campo de Tubarão Azul”, disse a empresa.

Segundo a OGX, antes de aplicar essas técnicas não há como precisar o volume de produção por poço em reservatórios do tipo. Além disso, afirma a nota, a empresa já está iniciando o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo e os dados do seu reservatório, obtidos até o momento, sinalizam para produtividades superiores a vazão informada, mesmo sem o emprego das técnicas referidas.

Visão do Deutsche Bank

Os analistas do banco recorreram a consultores e geólogos para entender os blocos da empresa na bacia de Campos. Segundo eles, a conclusão é de que existe a possibilidade de que a OGX continue a enfrentar dificuldades na região. “A OGX ainda precisa provar que é ‘uma produtora de baixo custo’ como a alta direção afirmou em uma teleconferência recente”, ressaltam.

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