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O que falta para a ação da Petrobras atingir seu “grande potencial”

Analistas do Bank of America Merrill Lynch explicam os dois principais temas que incomodam os investidores

Os investidores também estão focados nos gastos com os projetos de exploração (Marcelo Correa/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 06h12.

São Paulo – As ações da Petrobras têm um grande potencial para os próximos doze meses, porém antes precisa resolver dois dos principais entraves que ainda afastam os investidores dos papéis da estatal. A impressão foi colhida pelos analistas do Bank of America Merrill Lynch em um encontro com investidores em Londres na semana passada e que contou com a participação da empresa brasileira.

“A mensagem continua a ser uma de cautela no curto prazo com oportunidades de longo prazo. O sentimento do investidor segue diretamente focado nas mesmas duas preocupações de curto prazo que têm incomodado nos últimos doze meses”, explicam os analistas Frank McGann, Thiago Lofiego e Conrado Vegner, que assinam o relatório.

Preços

Segundo eles, o aumento da diferença dos preços internacionais do diesel e da gasolina e os praticados internamente ainda é de longe o fator mais importante e que deve afetar os resultados do primeiro trimestre. Para o banco, o fato obscurece o que poderia ser uma das perspectivas mais excitantes entre as petroleiras do mundo. A expectativa é de um ajuste nos preços nos próximos dois trimestres.

“Em nossa visão, a confiança de que os preços para os produtos refinados irão se manter em linha com os internacionais ao longo do tempo é crítica para uma visão positiva sobre as ações”, afirmam. “Continuamos positivos com a Petrobras e acreditamos que veremos um forte desempenho das ações nos próximos doze meses”, continuam.

Produção

A segunda variável que mais incomoda os investidores é a demora no crescimento da produção da Petrobras. O banco estima um crescimento entre zero e 3% da produção em 2012, principalmente puxado pelas plataformas existentes e como consequência de um menor número de paradas para manutenção em relação ao ano passado.


“Com atrasos já afetando algumas unidades (como a P-55), uma preocupação chave para o cronograma do crescimento da produção é a execução do estaleiro, que pode atrasar a entrega de equipamentos. Mesmo com os atrasos, um maior componente do crescimento deve começar a partir do segundo semestre de 2013 e continuar durantes os próximos anos”, estimam.

Graça Foster e gastos

Os investidores também estão focados nos gastos com os projetos de exploração, alertam os analistas. Apesar disso, a preocupação parece menor hoje do que nos anos anteriores. O que ainda mantém o tema em evidência como um dos mais relevantes é a política de controle de preços internos da Petrobras.

Por fim, o relatório destaca o grande interesse do mercado nas possíveis mudanças que possam ser implementadas pela nova presidente da companhia, Graça Foster, principalmente no novo plano de negócios de cinco anos que poderá ser apresentado entre junho e agosto.

O banco manteve a recomendação de compra para as ações ordinárias ( PETR3 ), com um preço-alvo de 35 reais. O valor sugere um potencial de valorização de aproximadamente 58%. No ano, os papéis acumulam uma desvalorização de 2,4%.

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São Paulo – As ações da Petrobras têm um grande potencial para os próximos doze meses, porém antes precisa resolver dois dos principais entraves que ainda afastam os investidores dos papéis da estatal. A impressão foi colhida pelos analistas do Bank of America Merrill Lynch em um encontro com investidores em Londres na semana passada e que contou com a participação da empresa brasileira.

“A mensagem continua a ser uma de cautela no curto prazo com oportunidades de longo prazo. O sentimento do investidor segue diretamente focado nas mesmas duas preocupações de curto prazo que têm incomodado nos últimos doze meses”, explicam os analistas Frank McGann, Thiago Lofiego e Conrado Vegner, que assinam o relatório.

Preços

Segundo eles, o aumento da diferença dos preços internacionais do diesel e da gasolina e os praticados internamente ainda é de longe o fator mais importante e que deve afetar os resultados do primeiro trimestre. Para o banco, o fato obscurece o que poderia ser uma das perspectivas mais excitantes entre as petroleiras do mundo. A expectativa é de um ajuste nos preços nos próximos dois trimestres.

“Em nossa visão, a confiança de que os preços para os produtos refinados irão se manter em linha com os internacionais ao longo do tempo é crítica para uma visão positiva sobre as ações”, afirmam. “Continuamos positivos com a Petrobras e acreditamos que veremos um forte desempenho das ações nos próximos doze meses”, continuam.

Produção

A segunda variável que mais incomoda os investidores é a demora no crescimento da produção da Petrobras. O banco estima um crescimento entre zero e 3% da produção em 2012, principalmente puxado pelas plataformas existentes e como consequência de um menor número de paradas para manutenção em relação ao ano passado.


“Com atrasos já afetando algumas unidades (como a P-55), uma preocupação chave para o cronograma do crescimento da produção é a execução do estaleiro, que pode atrasar a entrega de equipamentos. Mesmo com os atrasos, um maior componente do crescimento deve começar a partir do segundo semestre de 2013 e continuar durantes os próximos anos”, estimam.

Graça Foster e gastos

Os investidores também estão focados nos gastos com os projetos de exploração, alertam os analistas. Apesar disso, a preocupação parece menor hoje do que nos anos anteriores. O que ainda mantém o tema em evidência como um dos mais relevantes é a política de controle de preços internos da Petrobras.

Por fim, o relatório destaca o grande interesse do mercado nas possíveis mudanças que possam ser implementadas pela nova presidente da companhia, Graça Foster, principalmente no novo plano de negócios de cinco anos que poderá ser apresentado entre junho e agosto.

O banco manteve a recomendação de compra para as ações ordinárias ( PETR3 ), com um preço-alvo de 35 reais. O valor sugere um potencial de valorização de aproximadamente 58%. No ano, os papéis acumulam uma desvalorização de 2,4%.

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