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O que 10 estrategistas projetam para a bolsa em junho

O pouco de otimismo visto nas avaliações de maio dá espaço para o retorno de uma visão mais cautelosa

Junho (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 06h24.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h35.

São Paulo – O tímido otimismo visto nas avaliações dos estrategistas de mercado no início de maio não aumentou e já deu espaço para uma visão mais cautelosa. O aumento de 0,5 ponto percentual na Selic surpreendeu o mercado e contribuiu para uma expectativa menor para o crescimento da economia brasileira. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,6% no primeiro trimestre na comparação com o último de 2012 veio abaixo do esperado e também pressionou as estimativas para o ano. Com isso, algumas casas até reduziram as projeções para o Ibovespa em 2013. Acompanhe a seguir trechos selecionados pela equipe de EXAME.com em 10 carteiras recomendadas para junho:
  • 2. Ágora/Bradesco – Dalton Gardiman

    2 /10(GettyImages)

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    "O desempenho do mercado acionário norte-americano parece tão favorável que agora está impactando negativamente o desempenho das ações da Bovespa. Devemos admitir que um cenário intermediário seja o preferido pelos investidores brasileiros para os Estados Unidos. Nós explicamos. Um ambiente de crise nos EUA, obviamente, provocaria a fuga de capitais e dificultam os investimentos na América Latina e no Brasil. Um cenário muito positivo poderia, por razões diferentes, atrair capital para os EUA (em detrimento aos fluxos para o Brasil, por exemplo). Este parece ser o caso até agora em 2013. Com nenhuma notícia nova na China e uma “estranha normalidade” na Europa, os EUA se constitui no pêndulo para decidir os fluxos para os mercados acionários emergentes. Com ativos ainda subavaliados em relação ao seu potencial em 2013 no Brasil, mas números melhores em 2014 continuamos recomendando a seleção criteriosa de ações. Estamos reduzindo nosso alvo para o Ibovespa bem como os números do PIB mais baixos e um ambiente inflacionário mais desafiador".
  • 3. Ativa Corretora - Ricardo Correa

    3 /10(REUTERS/Paulo Whitaker)

  • "A situação no mercado doméstico continua evidenciando o motivo de seguirmos cada vez mais firmes na lanterna dos índices acionários ao redor do mundo. O trade off entre inflação e crescimento não parece fazer sentido, os resultados corporativos foram insatisfatórios e a intervenção governamental ainda afasta os investidores estrangeiros. Portanto, por mais que a bolsa brasileira esteja de fato descontada em relação às demais, ainda é cedo para vislumbrar um potencial fluxo sólido de capital no mês de junho".
  • 4. BB Investimentos - Nataniel Cezimbra

    4 /10(Yuri Gripas/Reuters)

    "Em junho, o “divisor de águas” é a questão da redução ou não dos estímulos financeiros pelo FED. Os indicadores dos índices das bolsas internacionais mostram-se “esticados”. Logo, caso sejam reduzidas as compras de títulos pelo Banco Central norte-americano, os mercados bursáteis pelo mundo deverão sofrer reveses. Caso contrário, os mercados deverão oscilar conforme as divulgações de indicadores econômicos. Neste contexto, os números da China vêm sinalizando arrefecimento em seu crescimento e dados de países da Europa não tem indicado melhoria. Domesticamente, o PIB do Brasil no 1T13 mostrou elevações de 0,6% em relação ao 4T12, de 1,9% em comparação com o 1T12 e 1,2% no acumulado em 4 trimestres sobre 4 trimestres imediatamente anteriores. Os dados vieram aquém do consenso de mercado. Assim, os investidores tenderão a continuar muito mais sensíveis às movimentações e a evolução do cenário externo, que serão determinantes para a trajetória da Bovespa".
  • 5. Fator Corretora - Paulo Gala

    5 /10(spijker/Creative Commons/Creative Commons)

    "O Banco Central causou alguma surpresa ao subir a SELIC em mais 0,5% num contexto de fraqueza de recuperação econômica por aqui; mostrou sim que está preocupado com a inflação e poderá inclusive contribuir para a desaceleração de curto prazo da economia brasileira. A curva de juros reagiu com força a essa nova postura do BC, especialmente na ponta curta. Apesar de uma indicação de acomodação recente nos indicadores de preços, a inflação de 12 meses continua no teto da meta. A bolsa brasileira tem sofrido muito nesse cenário de inflação preocupante e baixo crescimento. A lucratividade das empresas é afetada por falta de demanda e pressão de custos, especialmente os salarias. Os setores de consumo e imobiliário deverão sofrer com o ciclo de alta um pouco mais rigoroso do BC. O cenário para o segundo semestre está complexo. Juros mais elevados, câmbio mais desvalorizado e Bolsa sofrendo com a turbulência interna".
  • 6. Futura Corretora - Gustavo Hon

    6 /10(REUTERS/Ueslei Marcelino)

    "O cenário local segue desafiador, com um crescimento baixo (pior desempenho de crescimento econômico bianual em 14 anos), desemprego baixo (mínima histórica) e inflação alta (próxima do teto da meta). As constantes intervenções do governo e a série de medidas de estímulo, que ainda não surtiram o efeito desejado, afastam os investidores e ainda pesam no desempenho do mercado local. O Ibovespa teve desempenho negativo de 4,30% em maio e acumula queda de 12,22% em 2013. Ademais, conforme temos ressaltado, adotamos uma posição de cautela nos últimos meses, observando os anúncios de dados corporativos, da agenda econômica, e do desenrolar das questões políticas/fiscais ao redor mundo. Estamos observando a resolução de alguns entraves importantes que estavam trazendo pressão para os mercados mundiais, o que sem dúvida alguma trouxe um maior otimismo em relação à economia no curto prazo, porém ainda estamos temerosos quanto à inflação no âmbito interno e nas consequências sobre o ritmo de crescimento da economia internacional no médio/longo prazo".
  • 7. HSBC - Carlos Nunes

    7 /10(REUTERS/Ed Jones)

    "Com o cenário de atividade econômica fraca, queda nos preços de commodities, como consequência do menor crescimento chinês, além da deterioração da conta corrente, o sentimento dos investidores em relação ao Brasil tem piorado. Neste sentido, como estratégia de alocação de carteira de curto prazo, optamos por reduzir o peso de ações cíclicas e elevar o peso de ações defensivas e, também, daquelas que seriam beneficiadas com cenário de Real mais fraco frente o dólar".
  • 8. Planner Corretora

    8 /10(Arif Ali/AFP)

    "Para o mês de junho nossa expectativa segue conservadora em relação ao comportamento da Bovespa. Acreditamos que a ausência de fatores importantes do lado corporativo e as atenções voltadas para o noticiário macroeconômico, que permanece sem sinais de melhora no curto prazo, deverão determinar o rumo do mercado neste mês. O movimento de alta do dólar e o comportamento das economias de grandes países poderão continuar pressionando as ações das empresas ligadas a commodities, com peso relevante no Ibovespa, e a melhora dos indicadores dos Estados Unidos sozinha já não tem sido suficiente para animar a Bovespa. Além disso, observa-se que a falta de atratividade do nosso mercado vem levando investidores a uma diversificação dos investimentos em bolsas internacionais. Diante deste cenário, optamos por manter uma carteira mais conservadora para o mês de junho".
  • 9. XP Investimentos, William Castro Alves

    9 /10(Alexandre Battibugli/EXAME.com)

    "Seguimos com o clima de incerteza. Se por um lado é verdade que a bolsa como um todo parece ter encontrado suporte na região dos 52 mil pontos, por outro não vemos força e fluxo comprador que motive altas mais expressivas. Pudera, o ambiente macro é o mesmo e os argumentos para underperformance de nossa bolsa seguem sendo os mesmos: (i) deterioração da visão institucional de nossa economia, determinada pelo maior intervencionismo estatal; (ii) crescimento aquém do esperado da China; (iii) fraco desempenho da economia brasileira, mesmo com todos incentivos e artefatos usados pelo governo no sentido de fomentar o crescimento. Envoltos em tal cenário, mesmo com a melhora da economia americana e o excesso de liquidez em âmbito global, ainda nos falta motivo para crer que nossa bolsa passará por dias de exuberância. Com isso em mente, mantemos a mesma postura de apostar no conservadorismo e recomendar investimento em empresas sólidas e que seguirão apresentando geração de caixa, mesmo ante os solavancos de nossa economia".
  • 10. Veja agora o que esperar de 10 ações de bancos em 2013 na Bovespa

    10 /10(Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

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