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NY reduz ganhos para abertura com fala de Draghi

Uma nova medida para ajudar a combater a crise na zona do euro fez com que os futuros das bolsas de Nova York reduzissem os ganhos para a abertura do pregão

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 10h58.

Nova York - A ausência de um anúncio por parte do Banco Central Europeu (BCE) de uma nova medida para ajudar a combater a crise na zona do euro fez com que os futuros das bolsas de Nova York reduzissem os ganhos para a abertura do pregão desta quarta-feira.

Durante o discurso do presidente do BCE, Mário Draghi, os índices acionários, que antes subiam perto de 1% no mercado futuro, passaram a subir ao redor de 0,5%. Além do mais, os sinais de que a recuperação do mercado de trabalho americano segue frágil, reforçados nesta quarta-feira pelo índice de produtividade de mão-de-obra, também não ajudaram.

Às 10h15 (horário de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,39%; o S&P 500 tinha alta de 0,056% e o Nasdaq avançava 0,66%.

Nos EUA, o índice de produtividade da mão-de-obra no país caiu 0,9% na leitura revisada do primeiro trimestre, ante o quarto trimestre de 2011, um pouco pior do que a expectativa de queda de 0,8% e a maior retração em mais de um ano. Os dados mostraram que as pessoas estão com jornada de trabalho maior, mas produzindo menos.

Na Europa, Draghi disse que irá estender a política de crédito a taxa fixa com alocação total e que o BCE está atento aos acontecimentos e preparado para agir. Nesta quarta-feira, o banco central manteve a taxa básica de juros inalterada em 1% pelo sexto mês seguido, como era esperado.

Draghi disse ainda que cabe à Espanha decidir se quer ter acesso à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). O ministro de Finanças espanhol, Luís de Guindos, havia negado mais cedo que deva haver socorro imediato aos bancos do país e que o que está sendo preparado pela União Europeia é um plano mais amplo, visando também recapitalizar os bancos.

Por causa dos riscos da crise na zona do euro, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou em um grau os ratings de seis bancos alemães, entre eles o Commerzbank e o Unicredit Bank AG. No lado da atividade econômica, a Alemanha também levanta receios. A produção industrial do país caiu 2,2% em abril ante março, um resultado pior do que o previsto por analistas, de queda de 1%. Na comparação anual, a retração foi de 0,7%.

Por volta das 10h15, o euro subia a US$ 1,2466, de US$ 1,2452 no fim da tarde de ontem. O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, caía 0,15%, a 82,703 pontos. O petróleo WTI subia 0,96%, a US$ 85,09 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). O petróleo Brent subia 1,30%, a US$ 100,10 o barril na plataforma ICE.

No pré-mercado, os recibos do Barclays subiam 2,65% diante de notícia de que o banco irá recuperar ao redor de US$ 1,5 bilhão em ativos relacionados à falência do Lehman Brothers. As ações do Morgan Stanley tinham alta de 1,71%. O banco estaria em discussões com possíveis compradores para vender parte do seu negócio de commodities.

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