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Nutriplant passa por mudanças e analistas recomendam compra

Empiricus avalia que papéis da empresa do Bovespa Mais podem subir 81%

Nutriplant tem recomendação de compra pela Empiricus (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 06h00.

São Paulo – A casa de análises Empiricus vê uma boa oportunidade no momento de transformação pelo qual passa a Nutriplant (NUTR3M) e recomenda compra dos papéis da empresa.

Em relatório, os analistas Rodolfo Amstalden e Roberto Altenhofen destacam que, por sua baixa liquidez, o ativo traz certo risco, mas o potencial de valorização dos papéis é alto. O preço-alvo foi estimado em 5,07 reais, uma alta de 81% sobre o fechamento de 29 de junho (data usada como base para o relatório divulgado nesta terça-feira).

A análise é a primeira realizada sobre a empresa e acontece por meio do convênio firmado neste ano entre BM&FBovespa e Apimec (Associção dos Profissionais do Mercado de Capitais), que prevê contratação de casas de análises independentes para estudar o negócio das companhias listadas no Bovespa Mais.

No documento, os analistas lembram que a ação está com uma queda de 24% neste ano, que em parte pode ser explicada por resultados fracos. O setor que a empresa atua, concentrado em grandes companhias e misturadoras, traz naturalmente margens apertadas que influenciam no balanço. “O caráter depreciado das ações pode refletir o track record recente de resultados, mas certamente não condiz com a transformação em curso”, ponderam os analistas.

A mudança destacada por eles é a incorporação da Quirios Produtos Químicos. Na visão dos analistas, a operação traz dois pontos positivos para a Nutriplant.

Primeiro porque, na visão da Empiricus, a operação permitirá ganhos de escala para a Nutriplant e a saída da empresa do setor de micronutrientes para o solo, com possibilidade de concentrar o negócio em produtos mais rentáveis.

Segundo porque a incorporação permitirá uma adequação na estrutura de capital do grupo por meio da liberação de créditos e eliminação de “redundâncias” operacionais. Um exemplo disso foi a venda de um sítio anunciada em meados de junho, que proporcionará uma entra de caixa de 18,8 milhões de reais numa companhia com capitalização de mercado de 30 milhões de reais.

“Projetamos que, via recuperação de impostos, a Nutriplant terá acesso a entradas de caixa anuais próximas de 3 milhões de reais pelos próximos três anos, montante que representa por si só cerca de 90% da posição de dívida líquida do consolidado”, afirmam os analistas.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco do investimento na Nutriplant, os analistas da Empiricus destacam a liquidez limitada e a baixa visibilidade operacional, já que ainda não há um largo histórico de resultados que considere a incorporação da Quirios.


A empresa passa por uma reestruturação, processo que naturalmente tem riscos de execução. Além disso, lembram os analistas, o desempenho está muito atrelado à dinâmica das safras, algo que está sujeito a condições climáticas e oscilações de preços nem sempre previsíveis.

Novo Mercado?

A Nutriplant foi a primeira empresa a entrar no Bovespa Mais, um segmento de negociação da bolsa que permite acesso de empresas menores ao mercado de capitais. As regras principais, conforme lembram os analistas da Empiricus, são muito parecidas com as regras do Novo Mercado, mais alto segmento de governança corporativa da BM&FBovespa.

Uma das diferenças está na regra que determina que o free float, ou quantidade de ações disponíveis no mercado, deve ser de, no mínimo, 25% no Novo Mercado, algo que não é exigido no Bovespa Mais e que a Nutriplant precisaria adaptar se um dia optasse pela migração.

Como a liquidez dos papéis poderia melhorar no Novo Mercado, e os custos de manutenção da empresa em ambos segmentos é muito parecido, os analistas da Empiricus acreditam que a Nutriplant poderia tomar esse caminho.

Uma possível migração, porém, não deveria acontecer no curto ou médio prazos. Isso porque, para adequar o free float, a companhia precisaria aumentar o capital social ou lançar uma nova oferta de ações, o que não faria sentido com o atual cenário desfavorável do mercado.

“A potencial migração para a listagem tradicional inspira um trigger de liquidez e percepção de governança com boa probabilidade de materialização no longo prazo”, afirmam os analistas.

Apesar de essa possibilidade existir, a Empiricus não a considerou na elaboração do preço-alvo para o papel.

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São Paulo – A casa de análises Empiricus vê uma boa oportunidade no momento de transformação pelo qual passa a Nutriplant (NUTR3M) e recomenda compra dos papéis da empresa.

Em relatório, os analistas Rodolfo Amstalden e Roberto Altenhofen destacam que, por sua baixa liquidez, o ativo traz certo risco, mas o potencial de valorização dos papéis é alto. O preço-alvo foi estimado em 5,07 reais, uma alta de 81% sobre o fechamento de 29 de junho (data usada como base para o relatório divulgado nesta terça-feira).

A análise é a primeira realizada sobre a empresa e acontece por meio do convênio firmado neste ano entre BM&FBovespa e Apimec (Associção dos Profissionais do Mercado de Capitais), que prevê contratação de casas de análises independentes para estudar o negócio das companhias listadas no Bovespa Mais.

No documento, os analistas lembram que a ação está com uma queda de 24% neste ano, que em parte pode ser explicada por resultados fracos. O setor que a empresa atua, concentrado em grandes companhias e misturadoras, traz naturalmente margens apertadas que influenciam no balanço. “O caráter depreciado das ações pode refletir o track record recente de resultados, mas certamente não condiz com a transformação em curso”, ponderam os analistas.

A mudança destacada por eles é a incorporação da Quirios Produtos Químicos. Na visão dos analistas, a operação traz dois pontos positivos para a Nutriplant.

Primeiro porque, na visão da Empiricus, a operação permitirá ganhos de escala para a Nutriplant e a saída da empresa do setor de micronutrientes para o solo, com possibilidade de concentrar o negócio em produtos mais rentáveis.

Segundo porque a incorporação permitirá uma adequação na estrutura de capital do grupo por meio da liberação de créditos e eliminação de “redundâncias” operacionais. Um exemplo disso foi a venda de um sítio anunciada em meados de junho, que proporcionará uma entra de caixa de 18,8 milhões de reais numa companhia com capitalização de mercado de 30 milhões de reais.

“Projetamos que, via recuperação de impostos, a Nutriplant terá acesso a entradas de caixa anuais próximas de 3 milhões de reais pelos próximos três anos, montante que representa por si só cerca de 90% da posição de dívida líquida do consolidado”, afirmam os analistas.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco do investimento na Nutriplant, os analistas da Empiricus destacam a liquidez limitada e a baixa visibilidade operacional, já que ainda não há um largo histórico de resultados que considere a incorporação da Quirios.


A empresa passa por uma reestruturação, processo que naturalmente tem riscos de execução. Além disso, lembram os analistas, o desempenho está muito atrelado à dinâmica das safras, algo que está sujeito a condições climáticas e oscilações de preços nem sempre previsíveis.

Novo Mercado?

A Nutriplant foi a primeira empresa a entrar no Bovespa Mais, um segmento de negociação da bolsa que permite acesso de empresas menores ao mercado de capitais. As regras principais, conforme lembram os analistas da Empiricus, são muito parecidas com as regras do Novo Mercado, mais alto segmento de governança corporativa da BM&FBovespa.

Uma das diferenças está na regra que determina que o free float, ou quantidade de ações disponíveis no mercado, deve ser de, no mínimo, 25% no Novo Mercado, algo que não é exigido no Bovespa Mais e que a Nutriplant precisaria adaptar se um dia optasse pela migração.

Como a liquidez dos papéis poderia melhorar no Novo Mercado, e os custos de manutenção da empresa em ambos segmentos é muito parecido, os analistas da Empiricus acreditam que a Nutriplant poderia tomar esse caminho.

Uma possível migração, porém, não deveria acontecer no curto ou médio prazos. Isso porque, para adequar o free float, a companhia precisaria aumentar o capital social ou lançar uma nova oferta de ações, o que não faria sentido com o atual cenário desfavorável do mercado.

“A potencial migração para a listagem tradicional inspira um trigger de liquidez e percepção de governança com boa probabilidade de materialização no longo prazo”, afirmam os analistas.

Apesar de essa possibilidade existir, a Empiricus não a considerou na elaboração do preço-alvo para o papel.

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