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Nervosismo sobre bancos fragiliza bolsas europeias

Londres - As bolsas europeias apresentam desempenho frágil nesta manhã, com os investidores à espera da reunião entre a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que vão conversar sobre o futuro da zona do euro. A conversa entre Merkel e Sarkozy deverá dar seguimento às decisões tomadas durante a […]

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 07h26.

Londres - As bolsas europeias apresentam desempenho frágil nesta manhã, com os investidores à espera da reunião entre a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que vão conversar sobre o futuro da zona do euro. A conversa entre Merkel e Sarkozy deverá dar seguimento às decisões tomadas durante a cúpula dos líderes europeus realizada em dezembro e também deverá ser uma preparação para a próxima cúpula, no dia 30 deste mês.

O setor bancário continua no centro das preocupações e, na Bolsa de Milão, as ações do UniCredit caíram no início da sessão e chegaram a ter as negociações suspensas. Os investidores começaram a negociar opções do aumento de capital do banco e o órgão regulador do mercado italiano, o Consob, vai monitorar os negócios com as ações e as opções durante todo o período de aumento de capital. O UniCredit teve queda de 38% na semana passada, depois de anunciar sua intenção de levantar capital e oferecer ações novas com um grande desconto.

O nervosismo com relação aos bancos ficou evidente nos dados que mostraram que os depósitos na linha overnight do Banco Central Europeu (BCE) voltaram a atingir um recorde histórico na sexta-feira, de € 463,565 bilhões. Isso indica que os bancos estão relutantes em fazer empréstimos para seus pares por causa de preocupações com a exposição deles à dívida soberana da zona do euro.

No noticiário macroeconômico, as exportações da Alemanha cresceram 2,5% em novembro, na comparação com outubro, e ajudaram a ampliar o superávit comercial do país, que superou as estimativas e foi visto como um sinal de que a maior economia da zona do euro pode resistir ao aprofundamento da crise de dívida europeia.

No mercado de câmbio, o euro opera em alta diante do dólar, depois de ter atingindo o menor nível em 16 meses durante a sessão asiática, a US$ 1,2666, em consequência dos receios sobre a capacidade dos líderes europeus de conter a disseminação da crise. Houve rumores de que um grande banco dos EUA estaria comprando euros, o que teria colaborado para a recuperação da moeda.

Às 7h50 (de Brasília), Londres caía 0,03% e Frankfurt recuava 0,19%, enquanto Paris subia 0,34%. O euro operava em alta a US$ 1,2763, de US$ 1,2716 no fim da tarde de sexta-feira, e o dólar tinha leve queda para 76,89 ienes, de 76,96 ienes.

Agora as atenções se voltarão para o indicador sobre a produção industrial da Alemanha, previsto para as 9h (de Brasília), e para a reunião de Merkel e Sarkozy, que deverão conceder entrevista à imprensa às 10h30 (de Brasília). Mais tarde, após o fechamento dos mercados norte-americanos, a Alcoa inaugura simbolicamente a temporada de balanços do quarto trimestre de 2011 nos EUA. As informações são da Dow Jones.

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